segunda-feira, 18 de outubro de 2010

VAMPIRO


Faz tanto tempo que nem lembro
Apenas recordo a dor e o  frio em minh'alma
Algo me rasgava, queimava
Minha vida se esvaiu por inteiro
A tristeza me invadiu
E veio a fome e o desejo
Desejo de matar
Desejo de viver
Desejo de morrer
Difícil escolha
Sentimentos entre o bem e o mal
O alimento não me basta
Minhas veias é que sentem sede
De sangue, de vida
Tu és a fonte
Teu sangue flui em mim
Não há mais trevas
Tua luz me aquece
Beijar-te me faz reviver
E remoçar
Sem ti meu sangue congela
Fico pálido, fraco
Esquálido
Sou obrigado a roubar
Teu sangue e tua essência
Só assim a força voltará
E sei que irei te perder
Não mais a terei
Muitas outras virão
Mas a vida é assim
Vives para a morte
Vivo eternamente
Não somos iguais
Tento esquecer o passado
onde era um fraco
Um pobre mortal
Corres para o nada
E foges de nada
Eu?! Apenas vivo
Sempre.
Minhas garras te prendem
Sugo-te o sangue
Até a última gota
Dentro de ti o êxtase
Teus olhos reviram
Estremeces e tens convulsões
As pernas amolecem
Desfaleces feliz
É o teu fim
Vou continuar aqui
Roubando na escuridão
Até o fim dos tempos
Muitas vidas
Por muitas vidas

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