terça-feira, 26 de junho de 2012

HEAVY METAL



Ah! O som dessas guitarras que gritam, aos berros, seus riffs
Ensurdecem a mim dos preconceitos
Ensurdecem, por preconceito, os preconceituosos e despidos de virtuose
O baixo embasa a cadência 
e aponta em riste a decadência das elites ópticas
que, sem ótica, alienam a ralé, vítima da baixa maré
A bateria dita o passo, regra o compasso tresloucado, alucinado da vida maldita
E em odes de protesto e ódio ao poder do ópio, vozes de anjos
Aqueles da púrpura profunda, do reverendo traidor ou da dama de ferro
Anjos draconianos, líricos, guturais
Pintando nossas almas de negro e branco
De cores de guerra
Dos tons anti-bomba
Essa canção, de cabelos compridos, de mentes brilhantes,
de poesias diversas é minha vida de liberdade
O heavy metal, mercúrio em minhas veias, habita meu coração
repousa meu ser, amplifica minha razão 
e enche minha vida de alegria e paixão

EFEITO BORBOLETA



Lembro o vento suave em minha face
Hoje, minhas rugas são rusgas do tempo carrasco
Alcaide de minhas culpas e fugas
Mas isso não mais importa
Novamente abriu-se a porta, aquela de meus sonhos
E por ela, uma cintilante fada,
uma imago de asas de mel
Se fez, com seu sorriso, metamorfose em meus devaneios
Mesmo agora com meus pés de volta ao chão
O pouso fez-se vida
O vento em brisa
Nossos corpos num só
O tempo, a distância, a saudade, a quem importa?
O vento se encarrega
Nas asas dessa ninfa encantada
Sem a morbidez de crisálida
E eu, vítima do efeito borboleta



domingo, 24 de junho de 2012

HISTERIA




Esta saudade que é pele em minh'alma

E de tantas lembranças que minha mente nem dá conta

Meu coração afobado tropeça

Afoga-me em lágrimas que pene me ilham da vida

O pano preto em meus olhos, a mordaça que pune meus gritos

E o que eu queria é só te ver

Que eu te amo queria te dizer

Juntinho ao teu ouvido

terça-feira, 5 de junho de 2012

A CIGARRA E A FORMIGA... E AS BARATAS


Ei!
Você aí pagando de cigarra gospel
E quando o inverno chegar?
Seu grito estridente irrita
Seu inerte intelecto assusta
Aí de mãos postas, fingindo ser feliz


Nós formigas movendo o mundo
Com o dobro às costas
Sequer um segundo esperando cair do céu


Melhor seria se você fosse barata
Imunda, asquerosa
Levando o mal de lá pra cá
Perturbando os tementes
Roubando o alimento de quem nem tem
Burlando as regras divinais
Sobrevivendo ao holocausto da elegia com toda heresia
Servindo como espelho à imundície
E procriando pelos quatro cantos


Você com sua ladainha, sua fuga da razão
Como se o mundo fosse apenas sóis
Nem formiga nem barata notam seu louvor
Sua carcaça secará e carcomida será
Pelos vermes que revolvem a terra da ilusão
Pelos ventos que correm prisioneiros
No grão azul de poeira
Sabe-se lá em quais confins do universo

sábado, 2 de junho de 2012

LE TEMPS DES HOMMES EST DE L'ÉTERNITÉ PLIÉE


 

Je vis chaque seconde comme une opportunité
Le temps des hommes est de l'éternité pliée (Jean Cocteau)
Je vis aujourd'hui, maintenant, ce
Les souvenirs sont des cristaux
Donc fragiles qu'ils cassent et ne pas le faire
Sous forme de mosaïque sans que l'un, sans contenu
Mon avenir, non pas qu'il est incertain
Il n'ya tout simplement aucun espoir utopique
Je fais des rêves d'enfants, garçon que je suis
Je rêve d'un endroit où il n'y a pas de mal

Même pas le temps passe, le rêve de rien
Mes projets visent
Crier, courir, se battre

Parce que je sais que cette vie est certain
Comme certains, c'est la mort

Mes amis mes frères
Sanguin descendance, l'innocence déraisonnable
Ennemis? 
 Que le diable vous emporté tous!  
Je n'ai pas de religion, pas même Dieu
Je suis un homme droit, tout droit, direct
Illusions éphémères pour des imbéciles
Je vis l'amour d'une femme

Drain ma forces dans la passion
Est ce que ça vaut
J'ai planté mon arbre, en fait, des centaines d'entre eux
Enfants en ont, mais ils sont des orphelins, du monde sont sales
Et ma vie est un papier buvard avec un non-sens et aime
Hérésie, le blasphème
Parfois, l'hypocrisie, le fruit de mes particularités
Authentique, libre, m 'fous

Appelez-moi aussi
J'espère que de grandir un peu plus
Tant que la poussière retourne
Et la nature, Mère de Dieu, de poursuivre la loi
Étendre l'univers de l'énergie de mon être

Et tiens mon esprit païen