domingo, 27 de março de 2011

REENCONTRO


...e este amor que dói no peito, minh'alma corrói, destrói,
Mas não tem jeito, não sei o que fazer
A distância me consome, estupra-me a razão
E não há o que me console
É como se fosse perda de minha própria prole
Não tem como doer mais, é dor de infarto
E desse engano estou farto
Me vejo estupefato, boquiaberto por sofrer tu'ausência
Talvez seja culpa de minha idade, por meu fim estar perto
Meu martírio é mais que certo
Talvez morrer seja a solução
Porque a solidão é megera, é circunstância mera
Mas é fera que devora  minha instância
Como terremoto aniquila minha estância
E, perdido em lágrimas,  que tua imagem é vida eu noto
É dádiva comtemplar tua foto
A certeza do reencontro é saudade
E a saudade é fato
Sentença de efêmera importância
Não vou morrer, vou matar essa distância
E eternamente ao teu lado vou viver

quarta-feira, 23 de março de 2011

NINGUÉM


Sempre dizendo o que devo fazer
E criticando minha forma de ser
Não me entendes? Por quê?

Vais descobrindo teu ser ideal
Vendo em ti mesmo a este ideal
Não me entendes? Por quê?

Crês que devo ser como tu quiseste ser
Queres fazer de mim um clone
Queres mudar minha forma de pensar
Queres converter-te em deus

Eu serei como eu quiser ser
E ninguém me fará ser como tu
Eu serei como eu quiser ser
E ninguém me fará ser como tu

Todo dia controlando
Todo dia vigiando
Cada passo em meu caminho
Vais marcando meu destino
Perseguindo meus sonhos
Provocando meus segredos
Mas terás que fazer algo mais
Deve converter-te em deus

Eu serei como eu quiser ser
E ninguém me fará ser como tu
Eu serei como eu quiser ser
E ninguém me fará ser como tu

Eu não serei, eu não serei
Não, não, não, não serei
Ninguém como tu
Só quero ser como eu quero ser
E ninguém me fará ser como tu

Por Victor Garcia

domingo, 20 de março de 2011

Selo Stylish Blogger Award




Fui indicado por Andressa Chaves do blog Monólogo das Emoções http://monologodasemocoes.blogspot.com/. Grato, Andressa

Ela me enviou o Selo Stylish Blogger Award.
E assim devo retribuir a gentileza conforme as regras.
Agradeço desde já o reconhecimento de todos que visitam meu blog!

Sobre especificamente este selo conforme as regras:
-Ao receber o selo deve-se repassar para 15 outros blogs
-Indicar sua postagem para esclarecimentos (como eu fiz agora)
-Comunicar os 15 escolhidos com um comentário em seus blogs
-E incluir no seu post 7 coisas sobre você.

7 coisas sobre mim:

1- Acordo de bom humor todos os dias

2- Curto Heavy Metal, Classic Rock, Blues, Clube da Esquina e música clássica

3- Amo ler e escrever!

4- Sou naturalista e naturista

5- Sou ateu

6- Gosto de mulheres jovens e amo minha namorada mais que tudo

7- Sou solitário e não troco minha liberdade por nada



15 Blogs que indico:

1 - http://marianaluzs.blogspot.com/
2 - http://aprosografia.blogspot.com/
3 - http://apenasumalvo.blogspot.com/
4- http://donnafelicia.blogspot.com/
5- http://mmelomaisdomesmo.blogspot.com/
6- http://mulhercomalmademenina.blogspot.com/
7- http://carolasf.blogspot.com/
8- http://ocotidianodecadadia.blogspot.com/
9- http://lunacrystallhop.blogspot.com/
10- http://eduardadantas.blogspot.com/
11- http://rperon.blogspot.com/
12- http://psidevaneio.blogspot.com/
13- http://palavras-no-escuro.blogspot.com/
14- http://tidosentido.blogspot.com/
15- http://joyendrafa.blogspot.com/

SOLIDÃO


Em sonhos, em loucuras, em profunda tristeza me encontro
A solidão me acompanha como se fosse minha própria sombra
Pecados, desgraças, lamentos
Como a brisa que vira vento
E torna furacão, crescente tormento
Devastador, constante em meu ser
O calor foge de minh’alma
O frio gela, congela, petrifica minh’aura
Engole a luz do meu viver
Mentiras são chamas que alimentam meu pesar
Lágrimas são armas que extinguem meu penar
Pra que eu resista mais um pouco
E não me torne um louco
Louco de tanto te amar
Meus sentidos afloram à pele
Vejo tua bela figura
Cheiro os aromas que exalas
Degusto tuas carnes mais íntimas
Percorro ávido todo teu corpo
Tua  voz ouço no mais puro silêncio
O tempo todo sinto, te sinto em mim
Tua ausência é pra mim um estado de graça
E por mais que eu faça não tomo tento
Me acalento com as lembranças que tenho de ti
Saudades, certezas de tua volta
Para os meus braços
Nada mais me importa e nem me resta
E nesse inverno que me encontro tu és meu anjo
Negro arcanjo
Criatura de ébano eterno, da escuridão de todos os dias
Ser divino da noite gótica que esconde a lua
E tranca o amor em meu peito
Com seus grilhões de aço nobre
Pra que de paixão eu me afogue
E não sofra mais por não ter-te junto a mim
E pra que de ti  jamais me esqueça
E se tu te esqueceres de mim um dia
Que me leve a agonia
Que finde a minha vida com um breve estampido
E que eu fique morrido com um tiro na cabeça

TERMINAL


Acordei nesta manhã triste
Nublado está esse céu que me busca
Suas cores cinzentas, de tons decadentes, ululam hinos funestos
Como se a vida terminasse aqui
Algo estranho, urgindo ao negro, como progressão da morte
Eu não consigo acreditar que possa resistir
Quero ir embora
Quero partir dessa vida sem sentido
E o que fazer com os meus declínios?
Tenho medo dessa dama frígida
Que não exita em extorquir as almas sôfregas
E não oscila sua ceifa sem corte certo
O meu mundo se foi
Já não há tempo pro regresso
Nem há esperança pra conquista
O frio acalenta minh’alma
E percebo que é hora  de partir
Pra onde não sei
Ninguém sabe
Meu ar não me responde
Meu latir é caótico
Minha centelha escorrega aos dedos
Foge e não permite que eu entenda
O que estou fazendo aqui
E o que farei no pós
 As juntas me doem
O aperto aniquila meus anseios
E só me resta a certeza que chegou a hora
Caminho no trilho da dúvida
Sem luz, sem fronteira, sem nada
Apenas terminando essa existência incerta
Que nem deveria ter começado

sexta-feira, 18 de março de 2011

LAST ROSE OF SUMMER

Me vejo agora dançando na chuva
As folhas estão perdendo sua cor
Pétalas choram, flores gritam de dor
A estação da luz se vai, a dádiva da estrela divina se esvai
O sol, outrora tão claro e certo já não se mostra vivaz
À sombra se faz o frio
A brisa já é morna e não mais encanta a praia que deserta
Areias que imergem em melancolia, se perdem sob as brumas
Pobres jardins, famélicos por suas cores
Fugidas ao anúncio da gris garoa
Insistente invasora e algoz do fulgor
Mas o que está por vir tem seus encantos
A beleza do outono seduz os amantes
Que avivam suas almas no fogo que resta
Atiçam as carnes no porvir minuano
Que comuta o carinho em viagens celestes
Como que senhor dos caminhos da paixão
E transforma a relva em paisagem rupestre
Com suas folhas secas e copas desnudas
Convite sedutor, anseio pecador
Ideias, vontades, desejo de amar
A cama quente, o trovão, os lençóis
E  a mesa posta ao chá e aos olhares
Frente a frente, loucos de tesão
Separados apenas pelo delicado cristal
Que sustenta eu seu fino canudo toda a pureza da vida
A última rosa do verão

NAS ÁGUAS DO AMOR



Nas águas do amor me perdi,
Mas também me encontrei ao ver você
Procurei esse amor
Em ruas,
Becos,
Avenidas
Mas só em você achei
Nunca imaginei amar alguém assim
Você me ensinou o que é viver
O que é o amor e como sentí-lo
É muito mais que atração física

Ou outra coisa qualquer
Nosso amor é puro
É lindo
É tudo e um pouco mais
Chega a ser mais puro que o perfume dos lírios
Mais belo que a mais linda rosa
E ao mesmo tempo desatina
Consome
Sufoca
Alucina
Mesmo sem nunca tocá-lo ou ao menos vê-lo eu o sinto
Nossas almas entrelaçadas no mais eterno amor
Ao anoitecer sonho em tê-lo junto a mim
Mas choro a cada amanhecer
Por não estar a meu lado
Apenas não espero morrer em meus devaneios
Sem antes sentí-lo em meus braços

POR:Minerva Locked

Todas suas palavras de carinho me fazem mais feliz a cada dia. Jamais imaginei ser possível ter o amor que sempre sonhei, até o dia em que você insistentemente resolveu invadir meu coração.  Te amo!

terça-feira, 15 de março de 2011

TOLA EXISTÊNCIA


De tantos amores que tive, todos em vão
Minha vida passou e o que sobrou?
Nada senão um corpo envelhecido
E um amante esquecido
Que andou de mão em mão
Como que vintém, ducado pra esmola
Trocado pra matar a fome da escória
Punhado pra banir os anseios da memória
De tantas mulheres que amei
Umas e outras, muitas ou poucas
As vezes ambas, outras amor solitário
Mas todas quiseram o desejo
Todas buscaram o fogo de meus beijos
A redenção, o regozijo, o prazer no meu sorriso
Nenhuma tinha muito juizo
Muitas queriam viver somente a paixão
Algumas matar o tesão
Que ardia, queimava por dentro
Penava feito sangria
Por vezes buscavam vingança
Por terem sido traídas, pela quebra da aliança
Amar, pra elas, é assim
Todas dizem querer viver um grande amor
Dizem estar cansadas da dor
De amantes incautos, quereres incertos
Falam sempre em homens de verdade
Em comungar de um amor por todo correr de suas idades
De viver por alguém, até mesmo na eternidade
Só que não vi isso nas mulheres
Nas minhas, ao menos, não vi
Nem nas piores, tampouco nas melhores
Por toda minha vida
Não encontrei sequer uma que realmente quisesse amor
Esse amor louco que sinto por elas
Por elas, por muitas, talvez por todas
Amor que deseja a carne, a alma, a vida
Amor que dá paz, dá carinho, dá esperança
Amor que ilumina, que aquece, que enleva
Amor que necessita, amor que doa, amor que contempla e completa
Por isso me desespero, não tenho pra quem oferecer meu amor
A solidão é minha algema,a tristeza aliada, a lágrima companheira
São essas as fêmeas que nunca me deixam
Porque as mulheres... essas nunca querem meu amor

quinta-feira, 10 de março de 2011

TESÃO


Lembro-me das nossas doces noites de amor
Da tensão do seu beijo, do mais puro calor
Lembro-me também dos meus sonhos
Pelos quais seu corpo resplandecia a luz do luar
Envolvido em meus braços num quente abraço.
Só de recordar nossas mais diversas orgias
De como você fez tudo aquilo virar magia
Dos seus olhos, meigos olhos, cheios de desejo, assim como os meus
Seu calor, o fogo da paixão
Do ardor do meu coração

Por Minerva Locked

sexta-feira, 4 de março de 2011

SINA


Sentado à beira do caminho, estou pensando em ti
Nessa estrada não passa viv'alma, mas essa calma me acalma
E me faz pensar, sorrir, correr feito menino
Há dias que rumo em busca de meu destino
Minha alma é cativa, minha chance é a última,derrasdeira é minha sorte
Não quero saber da morte, vou rumo ao norte, ao encontro do meu amor
Meus pés não sentem mais a dor e meus olhos mentem
Encurtam minha jornada e minha longa passada faz pulsar fugaz meu coração
Essa emoção que me leva adiante leva também o sorriso à minha face
Pois sei que nosso enlace se fará em breve
E faça sol, chuva, vento ou neve, nada me deterá
Porque não me resta outra coisa a fazer senão te querer
Estar contigo a cada amanhecer
Em teus braços me perder,em teu leito me fartar
E assim me lambuzar pra depois os dedos lamber
E estar contigo é cousa certa, pra sempre
É só uma questão de tempo, esse carrasco que urge algoz
Mas a lembrança de tua voz me surge e não deixa a esperança esmorecer
E, sim, a torna feroz
Então sigo. Em busca de meu porto, meu abrigo
E não há mais nada que importe
A não ser esta minha sina, a minha tão sonhada sorte
Realizar o desejo de te abraçar, te acariciar, te amar e em teus beijos me afogar
E assim a vida finalmente pra mim sorrir
E isso só a morte pode impedir