Nunca magoes alguém
Jamais seja o alcaide do sofrimento de uma alma
Porque a ti só restará o inferno
Mesmo que mil anos passem
Mesmo que a redenção venha com tua ressurreição
A decepção deixa cicatrizes volúveis
Que vão e vêm
Que ardem
Que queimam
O mínimo toque revela a dor
E esta dor flama feridas que não curam
Dentro de um coração partido
Que inflama sofrido e amargo como fel a ganir em tua garganta
O perdão é efêmero e não tem memória
E sua tolice traz de volta o lamento dos demônios
O esganiçado choro das almas perdidas
O ódio e o ressentimento tornam para pisoteá-lo
Retornam para vingar a equação de uma mágoa
Cicatrizes do perdão são ardis, escusas blasfemas
Aguardam miméticas o sabor da forra
Como que troco para teus pecados
Cicatrizes do perdão são defeitos da razão
Cicatrizes do perdão são raízes da escuridão
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