quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ECLIPSE


A revolução se anuncia em cada pulsar
Indivíduos pagãos a reverenciar esta união
Corpos arfantes, paixões arredias
Nossas vidas marcantes
Pensamentos instantes
Todo fogo a queimar a pele
Arder por dentro cáusticas sinergias
E os incrédulos com suas lamúrias, grotescas elegias
No aguardo do juízo ao prenúncio do solstício
 A treva se faz lenta, sorrateira, ojeriza
A lenda corre terras
A víbora consome as almas
A cona guarda víboras
O Sol engole a Lua, ela à frente ele atrás
Dois se tornam um
Solilóquio
Momentos de loucura
Sismos interiores
Vulcão de lava albina
Fluidos pecaminosos
Paixão herege  
O silêncio resulta de suspiros, de gemidos encantados
O prazer em nova vida se eterniza
Minutos após
Êxtase

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