quarta-feira, 27 de outubro de 2010

HOJE VAMOS FALAR DE TOLICES





E lá se vão dez anos do novo milênio. Sim, dez anos. O milênio começou no primeiro instante do ano de 2001. Ou estou enganado? Novo milênio, novo século. Século 21.
E o que o homem está fazendo neste momento? O que o homem está pensando neste momento? Em que o homem está acreditando neste momento?
Continuamos com nosso egoísmo e todas as suas mazelas. A lista de mesquinharias humanas é tão extensa que me cansa relacioná-las. Mas cada um sabe onde, como, quando e porque é sacana.
Continuamos com nossos pensamentos disformes. Hora pensamos em fazer o bem, hora pensamos em nos dar bem. Taxamos de doentes algumas pessoas por sua bipolaridade, mas quem não é? Ora, os hipócritas não são. Ah! Onde consta “hipócritas” leia-se humanos. Todos, sem exceção.

Vestem-se de máscaras, diversas, uma sobre a outra e saem pagando de ternos, bonzinhos e evoluídos. Escondem-se atrás de suas mentiras e deixam o tempo passar. E a cada oportunidade apontam o dedo. Massacram o próximo como pulgas. E se dizem filhos da divindade. 
E em que tem acreditado o homem moderno?
Continua acreditando nas mesmas tolices de sempre, não muda nunca. Nunca cai na real.
Acredita em Deus e no Diabo, em bruxas, feitiçaria, magia, astros, profetas, espíritos e almas, duendes e ET’s. Acredita em vida após a morte, no céu e no inferno. Acredita no paraíso mórbido e inútil. E acredita na eternidade. Concluindo, acredita apenas no improvável.
Foge o tempo todo da triste realidade que o aguarda. Todos vão morrer e sobrarão apenas as memórias, de alguns poucos. É óbvio, dos mais hipócritas. Aqueles que acendem uma vela para Deus e outra para o Diabo, para ter a certeza de que irão se dar bem. Custe o que custar.

As efemérides humanas não levam ninguém a lugar algum. Aprisiona todos no mundo das ilusões.
Pois saibam que real (além do mísero dinheiro brasileiro, que é real com letra maiúscula) é criança com fome. Real é a juventude acuada na marginalidade e empurrada para a criminalidade. Real é poucos levando muito e muitos, mas muitos mesmo, levando ferro;
Real é a acentuada destruição do planeta, culpa dos poderosos que não estão aí nem para seus bisnetos por vir. Real é a acentuada destruição do planeta pelos pobres e miseráveis que colecionam futilidades, desperdiçam o pouco que têm e geram uma caralhada de lixo;
Real é muita gente jogando comida fora;
Real é o homem criando a cada dia ferramentas de genocídio, armas de destruição em massa;
Real é um ser discriminar, segregar, pisotear outro de sua espécie por diferenças escroques de cor, credo ou origem, sendo que todos, sem distinção, além de gerar o mesmo tipo de excremento fétido, um dia irão para os mesmos sete palmos abaixo;

Real é uma espécie inútil gerando uma continuação também inútil, pra perpetuar a praga.
O ser humano é tão irreal quanto o seu Deus. Prega amor ao próximo e não tem amor próprio, porque a pessoa mais próxima dele é ele mesmo e, sem amor próprio, o homem jamais poderá amar alguém ao lado, quiçá alguém atingido por catástrofes naturais em terras longínquas ou mesmo uma pobre criança famélica de países miseráveis.
E também jamais amará ao Deus que o criou e que hoje anda distante, escondido de vergonha. Vergonha do que criou à sua imagem.
E me rotulam de virtual porque amo a natureza e a música, porque tenho uma página no Orkut e porque não quero ter carro e casa ou qualquer outro bem material, mas isto é uma outra história...

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