domingo, 24 de outubro de 2010

TORMENTA


Lágrimas de sangue escorrem de seus olhos
Anjos dementes, loucos amantes
Sem medo, sem pudor
Brasa carnal, doce fulgor
A força do pecado revela demônios
Míticos zoombies entregam teu coração às chamas
E tu’alma voa aos céus
Feitas de plumas e algodão
Corvos, gralhas e abutres
Aves de agouro tentam impedir
Mas entre nuvens abre-se um clarão
E o éden repele tua morada santa
Bruxa que arde
Pouso meu olhar no teu corpo entre lanças e brasas
Corpo retalhado
Cútis pálida
Ossos à mostra
Ocaso de um sol inocente
E a triste fantasmagoria de uma lua reticente
No flagelo da escuridão
E tu rebentas em ressurreição vampiresca
Morta-viva
Sedenta de sangue
Me afogo no elixir de teus beijos
Enbustado por teu bruxedo
Desenganado por teu veneno
O Senhor das Trevas te quer
Mas lutarei pra evitar tua desgraça
Pois sou um anjo rebelde
E sei de seus segredos
Aquele que somatiza o mal
Tem um arcano em seu coração
Uma paixão que é posse
E eu tenho amor e devoção por ti
Arma imbatível
Mesmo depois da morte

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