segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CAOS


Podre
Alma podre
Infecção
Fétido escarro
Beijo amargo
Triste espírito
Morte
Neve negra
Neste rio que encena minha vida escorre lama sulfur
Arrasta o sofrimento de um lunático que só o mal conhece
Polui a razão daqueles que nele se banham
E deságua chão abaixo nas profundezas do inferno
Sangue
Ódio brutal
Terror
Estrada de espinhos
Meus pés não conseguem morada onde possa descansar
E em meus olhos, ferros em brasa penetram
Fogo
Ardem pagãos
Nada é sagrado
O sinal
O juízo
O final
A glória da noite eterna não sucumbe à luz
Genocídio em onda gris
Edifica o Senhor das mentiras e medos
Isto sim é muito lindo
Isto é o puro limbo
Podre
Infecto
Repleto de aspectos humanos
Amargo e mundano
Forte
Sítio eterno da dor e do desespero
Almas lamentam pecados
E gozam o prazer da discórdia
Elevam às alturas o anjo da morte que veio pra ficar
Comandar seus exércitos frente às forças do bem
E alçar o caos às alturas
Destronar o criador vingativo
O mesquinho Senhor da ira
Mandá-Lo ao poço das almas
D’ onde jamais deverá sair

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