terça-feira, 26 de outubro de 2010

A LENDA



Nós vivíamos um amor eterno
Terno, juntos no paraíso
Até que um dia uma força maligna nos separou
Ela foi aprisionada na lua de onde chorou
Chorou e chorou.
Lágrimas amargas, salgadas
Aos cântaros
Tempestades, torrentes, tormenta
Ela desesperada não conseguia se conter
E o desespero invadiu sua alma
A morte veio me buscar
Afogado em seu pranto
Mas meu amor por ela era infinito
E é ainda

E será sempre
Lutei contra as marés, resisti aos furacões
E tornei-me vida novamente
E espalhei essa vida pelo paraíso
Ela não sabia, não entendia
Não suportava ver o nosso mundo inundado com seu dilúvio de tristeza
E escapou da lua
Fugiu
Vaga pelo universo
Talvez tentando outro amor
Continuo aqui com meu propósito
Mas demônios querem me impedir
Destruir o que plantei
Hoje fervo de ódio
Derreto geleiras com minha fúria
Arrasto vulcões
Meu calor avermelha este paraíso
Raiva e esperança
Raiva desta raça infame
Esperança que, dos confins do universo ela perceba
O calor que emana de mim
O furor que irradia de meu ser
E volte pra mim
Para nos amarmos por todo o sempre
E juntos reconstruamos este paraíso
Juntos nos livremos desta peste
E vivamos felizes com a lua de alcova
Ou brilhemos livres entre as estrelas

Um comentário:

  1. meu bem como sempre seus poemas sao lindosss
    bjs de sua amada

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