quarta-feira, 18 de maio de 2011
PROMESSA
Já dói meu peito ante a partida
A sentida volta ao meu chão entristece
Padece meu ser por ter que deixar-te aqui
Entre as montanhas da saudade, longe do meu amor
O calor de teu corpo não mais sinto
Que pena!
Minha linda morena, de meus olhos fugirá
E nada me restará senão doces lembranças
Nossas mãos, nossa eterna aliança
A bonança das caldas do velho ribeirão
A emoção de me embolar em teus caracóis
O teu brilho Ônix de mil sóis
A leveza meio soturna dos bem-te-vis a cantar
O gosto anis da tua boca
A toada rouca de tua voz sussurrando em meus ouvidos
Juras de amor eterno e desmedido
E teus beijos? Quanto me faltarão?
Meu coração arderá cada instante
Minha bela distante e o grito não me sai
Minha vida se esvai e do céu nem mesmo um anjo cai
O paraíso não estará em meu dias
Nem sinfonias ecoarão em meu juízo
Não olvidarei o cálido cemitério
A mudez das almas, a nudez do silêncio daqueles que partiram
Talvez me acompanhe, da lápide, a surdez
Quiça a rudez da terra fria
E Nicolas? Que falta far-me-á seus berros
De gaiolas cativo em nome de deus
Seus ganidos, ardidos trinca-ferro, clamam liberdade
E não há piedade em seu algoz martírio
Prefiro me leve a morte a viver novamente essa sorte
Não que demente eu seja
Apenas te amo, mulher!!!
Intensamente
Com todas as forças de meu coração
A razão, por isso, perco
E a tristeza me invade, corrói meu pulsante interior
Pulula em meu peito essa dor, a saudade
E ainda nem partí
Mas prometo , meu lindo anjo
Um dia volto pra ti
Pra ti volto sim, Isabella
E minha paixão toda te entrego
Nesta escura solidão não quero estar cego
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