terça-feira, 3 de maio de 2011

PRISÃO PERPÉTUA


Ah! Os amores
Amores não merecem ser amados
Pra que guardados?
Guardá-los no coração por quê?
Pra um dia nos deixar e fazer sofrer?
E esse sofrimento que não larga
Apaga a centelha e a alma fere
Transforma em prisão
A vida perde o sentido, assola a tristeza, invade a solidão
Por isso anjos existem
Querubins, meninos levados
Arcanjos, emissários da paixão
Surgem do nada
Quando não desejamos
Na hora que mais precisamos
Na verdade são todos demônios
Cheios de más intenções
Com toda luz em seus grilhões
Brilho tormento que o juizo tira
E seduz, embobece, encanta
Assim ficamos
Tontos, loucos apaixonados
Apenas mudamos de lado
Da angústia prisão ao mais terno idílio
Ao eterno exílio
Presos para sempre
No covil dos infortúnios por vezes
Por outras, entre muralhas de felicidade e fascínio

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