quarta-feira, 25 de maio de 2011
DIÁRIO DE BORDO, DATA ESTELAR...
Quisera eu teleportar-me por entre as ondas da luz
De aqui acolá num episódio, quem dera!
Do exílio aos teus beijos, sem tempo nem éter
Deter este martírio e sem piscar, surgir à tua frente
E tu, descrente, as pernas bambear... e em meus braços desabar
Quisera eu ter o controle sobre as dimensões
E por elas vagar apertando apenas um botão, quem dera!
Eliminar esta distância que aos poucos me dilui
E dia a dia minui o oceano de nossa paixão
As mãos estendidas a ti ceifa-me impiedosa
Quisera eu ser Verne, quisera eu ser Asimov
Quisera eu ser Gene Roddenberry
Ter a absurda imaginação e suas mágicas ficções
Em devaneios e equações conceber a onisciência do universo
E no reverso da moeda descobrir que tudo está em mim
Quem me dera!
Quisera eu ser James T. Kirk
Pra, destemido, capitanear a empresa por entre estrelas
E levar-te aos confins do todo sem fronteiras
Longe das doideiras deste mundo terreno
Pra profanarmos o espaço e blasfemarmos a criação, quem dera!
Quisera eu ser o genial Spock
E invadir tua mente e por lá alojar-me
Respirar o teu ar, gozar de teus prazeres
E ser um pedacinho da tua magnífica essência
Quem dera eu, um medíocre mortal
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