quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ó MORTE!


Ó morte, doce amiga, minha sorte
Me acompanhas o caminho passo a passo
Meu destino determinas, vida em laço
Onde vou tu vais feito dama escorte

Muda testemunha de meu pífio norte
Me despeço deste mundo em teu braço
E não há o que escape ao teu compasso
Tu decepas a vida, pois, num só corte

O céu sobre meus olhos, vil escuridão
Pio mocho triste nem escuto mais
De horrores supura mia núbia razão

Lágrimas não farão chorar meu coração
Sob a lápide meu corpo imundo que jaz
À soluta poeira torno imensidão

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