segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MELANCOLIA


Ela estava triste
Estava à beira de um precipício
Na iminência de cair a qualquer momento
Não sabia o que fazer, também não queria
Apenas sonhava sair dali
Ela não era mais a mesma
Para ela, tudo havia mudado
Um dia fôra feliz
Mas o medo ainda a invadia
Sentia-se insegura
Olhava-se indiferente, fracassada, impotente
Pobre menina, não conseguia enxergar o que realmente via
Perdeu o nexo, enlouquecia
E assim foi-se o seu último fio de esperança
Sentia como sua vida era frágil
Frágil como a vida de uma flor
Uma flor que jaz à eswcuridão
Sentia seu brilho ofuscar, ficando cada vez mais fraco
A cada dia ficava mais pálida
Seus olhos mais fundos
Sua alma mais negra
As lágrimas iam tomando conta dela
Fez um dilúvio de tristeza
As palavras apenas a entristeciam
Apena rompiam o silêncio
O doce silêncio da loucura
Sabia que aquilo não era o que queria, mas seguia
Sentia-se afundar cada vez mais
Apenas sentia o corpo
Sua alma vagava perdida num limbo esquecido
Naufragava, enlouquecia
Amarga melancolia
Doce solidão
Não sentia mais o amor
Apenas inveja daqueles que amavam
Na verdade tentou
Mas se machucou
E nunca mais amou
Seu coração lento pulsava
Sangrava
Ardia
Cada vez mais o ódia a invadia
O vento passava e ela estremecia
O frio da noite a tomava
Chegou um dia que não suportou mais a dor
Não hesitou em olhar pra trás
Se jogou
Se matou
Seu corpo despedaçou-se e está junto ao mar
Sua alma voou ao céu donde para todo o sempre descansará

Por Minerva Locked

Este poema gótico foi composto pela mulher que me mantém vivo, que acende a minha chama, que me faz sorrir. Ela é tão especial pra mim que além de conquistar meu coração, ganhou um espaço só dela em meu blog

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