quarta-feira, 13 de julho de 2011

SONHEI


Sonhei que em meus braços tu estavas
E uma gélida brisa congelou minh’alma
Tu estavas morta, minha amada, fria e calma
Tu estavas morta, amor, pétrida estavas

Tua face sem cor, pálida como a neve
Sem raios de sol, teus olhos sem brilho,
Olhos de negro contorno e fosco cintilo
Partiste tão jovem, deixaste-me breve

Tua boca, quão linda, de um carmim pujante
Jaz apenas um rosa sombrio, sem vida
Meu luto - de outono, frio constante

E logo veio o inferno e o inverno uivante
Meu coração em gritos por tua partida
É dor de saudade, de amor tão distante

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