quarta-feira, 13 de julho de 2011

NUNCA AMEI TANTO ASSIM!


Ah! Esse amor fugaz, que vem e que passa
Zás! Como relâmpago, breve e chocante
Alucinante, tira o ar e abala a âmago de qualquer amante
Pura paixão, cousa de sobrevida, lábil como orgasmo
Tal pleonasmo, fútil, inútil, quando a carne é forte
Essa minha sorte de tê-los tantos debalde desfrutei
Sim! Todas elas amei, mas como faísca
Febril como chispa que logo se apaga
Foram Sandras, Marias tantas e muitas flores
Até amor por diva espinhosa
Mulher asquerosa que nem respeito merece
Tive Monique em meus braços e ela sorriu realizada
Extasiada por meu insaciável furor, voltou à Paris
Lembro também de Yumy, bela gueixa nissei
De ciúme morria, ansiosa a cada entardecer
Pode crer! Foram muitas
Um sem número de amores que nem sei
Os quais proclamei como prece
Baixinho, tímido, ao pé de cada ouvido
Porém, movido por insano desejo
Hora tapa, hora beijo, guloso e viril
Tinhoso e ardil na conquista, na partida, cruel e indolente
Hoje, não mais insolente, tenho um amor de verdade
E por cada canto da cidade seu nome grito
Não tenho conflito, sei que é amor
Paixão, desejo, admiração, dependência
Também um pouco de demência, de tão intenso
Penso a cada instante nela
Escrevo seu nome até nas paredes
Isabella. Isabella. Isabella
Deliro, sofro, definho de tanta saudade
Essa iniquidade de minha ventura machuca
Pudera, nunca havia amado assim
Nunca!

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