quarta-feira, 13 de julho de 2011

DESCANSO


Por que gritas tão chorosa doravante?
Pra que o escândalo torpe plangido?
Há muito atrás quisera eu ter morrido
Há tempos, o mais tenro ido infante

Assim não teria sido angustiante
Saber que amar-te tanto faria sofrido
 E da minha paz de espírito seria banido
Por viver de paixão tão louca e distante

Meu terno sentir cambiado em chaga
Sina funesta ressequiu-me o peito
 E não há lamento que à vida me traga

Supri meu destino, cumpri minha saga
Repouso agora em meu fúnebre leito
A morte é descanso, o amor, sim, é praga

Nenhum comentário:

Postar um comentário