Por que gritas tão chorosa doravante?
Pra que o escândalo torpe plangido?
Há muito atrás quisera eu ter morrido
Há tempos, o mais tenro ido infante
Assim não teria sido angustiante
Saber que amar-te tanto faria sofrido
E da minha paz de espírito seria banido
Por viver de paixão tão louca e distante
Meu terno sentir cambiado em chaga
Sina funesta ressequiu-me o peito
E não há lamento que à vida me traga
Supri meu destino, cumpri minha saga
Repouso agora em meu fúnebre leito
A morte é descanso, o amor, sim, é praga
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