quarta-feira, 13 de julho de 2011

INFIMITUDE


A Via Láctea jogada lá
Num canto do cósmico caos
O Sol, teu único deus, perdido nela
Entre bilhões de sóis, apenas de quinta
A Terra, bilionésimo solar, mas perfeita
Nepote de Júpiter semideus
Em cáusticas nuvens outrora fervida
Que subiram e desceram num sem fim
Daí a simbiose, a proteína, a vida
Séculos de busca ao paraíso
Decepção!
Dentre bilhões de acertos o maior dos erros
Do pântano, negra argila, semente funesta
Os lírios se foram, sobraram os lodos
Sorumbática essência sem luz
Vírus que alui a epítese gênese
Homo cécum ad infinitum
Néscia cegueira
Santa burrice!
Extirpar o seio da mãe quase imortal
O filho sem mama sucumbe
Até o pó, finalmente, um dia
Sem recordos de um flébil sobejo
 E nem quem o lembre
Felizmente
Ris do quê, se devias e só mereces chorar?
Infinalmente

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