segunda-feira, 6 de junho de 2011

POETA


Os canários que oram, os rios que choram
Os mares que gritam pros ventos que levam
As mazelas da paixão ante as glórias do amor
A injustiça que não cala o anarquista
A fome que dói o sofrer da partida
A alegria do encontro e da volta
A loucura que acerta o saber que só erra
A ciência da mente
A onipotência do homem-deus
A impotência do deus-homem
A lua bandida de amores
O sol grão fiel da criação e da evolução
A leveza, a pureza, a vida
E muito mais ainda
O homem que berra concentra nações
É doido varrido
É bobo esquecido
O outro que escreve joga suas verdades ao silêncio
E quem lê presta mais atenção
Aguça os sentidos
Escuta com a alma
Enxerga com a mente
Degusta com o coração
Sente o cheiro da criação
Transforma razão em emoção
Liberta a luz que acende a esperança
Deixa o crescido e torna criança
Poeta, ferramenta da paz

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