sexta-feira, 15 de abril de 2011

FRENESÍ


E essa boca, de grossos lábios e beijos indecentes?
Que sugam-me a alma e me lambuza a cara, o peito, o corpo todo
E me enchem de tesão
E esses peitos? Insanas delícias.
Existe algo mais perfeito?
Sei lá!
O criador dados não joga
Mas eu brinco com a sorte. E sugo e perco meu norte
Me afogo, sufoco em teu abraço
Minha mão corre teu corpo e, boba, pára onde sabe o pecado
A outra, como clone, tem a mesma malícia
De sábias falanges, que incisas invadem os portões do prazer
E entram. E saem. E mexem. E melam.
Já encharcadas, passo a língua uma a uma
Mel divino, de poção demoníaca
Teus pêlos eriçam de tanta paixão, de calor, de pressa, de vontade de morrer
Mas antes, um vulcão de desejos viver
Meu corpo sua, escorrega em tua carne nua...
E crua
E vai...
E vem
E gemes, murmuras tolices, urras sandices
E pedes mais
E rolamos, pra lá e pra cá
Viajo em teus lençóis, já totalmente rotos
Com nossos fluidos, besuntados do teu perfume veneno
E essa coisa louca apressa, teus gritos ferem meus ouvidos
Me beijas, te beijo
Me mordes e mordes os lábios, até que sangram
Te aperto em meus braços, a ponto de quebrar-te as costelas
E vem a explosão que jorra dentro de ti
E vens junto, comigo explodes
Sincronia em frenesí, em êxtase
Total
Totalmente extenuados
E apaixonados
É respirar, dar um tempo e, logo recomeçar

Um comentário:

  1. gosto muito do teu blog, por isso indiquei mais um sleo, confere la no meu blog. bjus.

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