segunda-feira, 25 de abril de 2011

DESESPERANÇA


Nada resta a fazer neste mundo vazio que jaz sem amor
Me toma a tristeza, a angústia me invade, clama a morte minh'alma, tortura-me a dor
Não sinto em meu ser o prazer da paixão, teu nobre calor
Sequer teu perfume de rosas, teus beijos melados, teu doce sabor
Nem mesmo a alegria de teu sorriso encantador
Quiçá o brilho marcante do teu esplendor
Não ouves meus gritos, não ves meu clamor
Meu sangue esfria fugaz enquanto na pele não há mais fervor
Tudo é gris, tudo é triste e me vejo só, nesta estrada sem cor
As trevas me alcançam e o sentimento que chega é um grande pavor
E a solidão me torna prisioneiro nessas muralhas de horror
Meu corpo, quase sem vida apodrece, já mostra o fedor

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