segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

SEI QUE É AMOR


Eu gostaria de explicar essa coisa que invadiu meu coração
Mas como, se ela não está apenas lá? Arraigou-se em meu ser
Minha mente, tola mente, vaga por luas, por ruas, tolamente
É como se mais nada existisse senão um pensamento
E nele tu estás, como estatueta em vitrine,
Soberana, brilhante, vibrante, sublime
O ar que respiro tem teu cheiro
E esse gosto, por inteiro, que se espalha pela boca
Tão doce tão marcante que é difícil engolir
 Tua força, frágil e forte, desvirtua-me a rosa
 Dengosa e fulminante desencanta o meu norte
Quando escuto tua voz, latejo veloz, fica assim meu coração
Regido por arpejos e espancado por timbales e bumbos
Meus olhos dilatam e cegam à tua luz
Tanto brilho que imagino mil centelhas
Mil candeias, milhares de estrelas
E quando te afago, estremeço, mal caibo em meus pés
Foge-me o chão, desfaleço de paixão, perco os sentidos
Sei que deles um me resta, o sexto
Ele sempre a esperança me afirma
E isto muito me anima
Não é pretexto para conquistar-te
É certeza que se morro hoje deixo este mundo feliz
Por querer-te tanto
Por tanto te amar
Portanto...

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