sábado, 24 de novembro de 2012

ORAÇÃO PARA UM HEREGE


Foto: ORAÇÃO PARA UM HEREGE
Pedimos ao Senhor Invisível que tudo pode e tudo vê
Com Tua santa e eterna benevolência e compaixão
Que elimine dessa vida esse ser
Que mande-o ao quinto dos infernos
Para que queime por todo o sempre
Suplicamos ó Senhor Deus do amor
Que ó faça dobrar os joelhos em remissão
Assim como quando os porcos chafurdaram a merda
E que faça-o dobrar, acompanhado de dor gástrica e infartosa, esse dedo médio em riste que ele insiste manter
Toda vez que ele vê a imagem enganosa de Teu filho unigênito, frouxo, latifundiário e de olhos azuis
Sangra, ó Senhor da bondade, a língua ferina desse herege
Por blasfemar contra o Espiríto Santo, o Messias e a Pura que o pariu
Ó Magnânimo da onipotência
Capaz de dividir-se numa Trintade, sabe-se lá pra que
Contemple-o com sarcomas e pestes, por ele insistir em sua descendência primata, até o fim dos tempo
Envia Tuas ursas sanguinolentas para que o despedacem por zombar da Tua onipresença quando ele se masturba
Cura-o da esquizofrenia e faça-o enxergar, ó Mestre da onisciência, que sacis, fadas, papais noéis são seres imaginários, mas anjos, demônios e unicórnios são reais
Una-Te ao Teu desafeto e também único e todo-poderoso Alá e subjugue esse ser insignificante que nos incomoda tanto com suas espetadas irônicas
O Santíssimo, valha-Te de Tua infinita humildade e peça ajuda, se necessário for, a Lúcifer, Satanás e os diabos, a Shiva e outros milhares de deuses hindus, aos pretos velhos, Pomba-Gira e Inhansã, a Tupã e ao Curupira
Para, assim, calarmos esse descrente não-temente
Esse herege filho do Capeta
Uni-vos irmãos!
Nesta prece pra matar herege
Amém e glória ao Senhor!
Pedimos ao Senhor Invisível que tudo pode e tudo vê
Com Tua santa e eterna benevolência e compaixão
Que elimine dessa vida esse ser
Que mande-o ao quinto dos infernos
Para que queime por todo o sempre
Suplicamos ó Senhor Deus do amor
Que o faça dobrar os joelhos em remissão
Assim como quando os porcos chafurdam a merda
E que faça-o dobrar, acompanhado de dor gástrica e infartosa, esse dedo médio em riste que ele insiste manter
Toda vez que vê a imagem enganosa de Teu filho unigênito, frouxo, latifundiário e de olhos azuis
Sangra, ó Senhor da bondade, a língua ferina desse herege
Por blasfemar contra o Espiríto Santo, o Messias e a Pura que o pariu
Ó Magnânimo da onipotência
Capaz de dividir-se numa Trintade, sabe-se lá pra que
Contemple-o com sarcomas e pestes, por ele insistir em sua descendência primata, até o fim dos tempo
Envia Tuas ursas sanguinolentas para que o despedacem por zombar da Tua onipresença quando ele se masturba
Cura-o da esquizofrenia e faça-o enxergar, ó Mestre da onisciência, que sacis, fadas, papais noéis são seres imaginários, mas anjos, demônios e unicórnios são reais
Una-Te ao Teu desafeto e também único e todo-poderoso Alá e subjugue esse ser insignificante que nos incomoda tanto com suas espetadas irônicas
O Santíssimo, valha-Te de Tua infinita humildade e peça ajuda, se necessário for, a Lúcifer, Satanás e os diabos, a Shiva e outros milhares de deuses hindus, aos pretos velhos, Pomba-Gira e Inhansã, a Tupã e ao Curupira
Para, assim, calarmos esse descrente não-temente
Esse herege filho do Capeta
Uni-vos irmãos!
Nesta prece pra matar herege
Amém e glória ao Senhor!

CANÇÃO PARA ISABELLA

 Foto: CANÇÃO PARA ISABELLA
Não chores menina!
Só porque estou tão longe
Distante do teu corpo, de teus conflitos
Do teu olhar aflito a cada carro que chega
De tuas lágrimas de adeus
Todas às sete, rumo à saudade

Tenho tudo de ti em meu coração
E sou prisioneiro em teus olhos
Minh'alma é a cara da tua
E cada instante junto a ti é eterno
Cada beijo teu me torna criança
Toda lembrança tua me afasta a solidão

Lembro teu hálito em minha boca
Teu sorriso inocente de más intenções
Teu perfume que insandece
Vivo ao som do teu violino
E de tua voz sapeca à diabrura de Graham Bell
E de teus dentes, tuas unhas, sempre cravados em mim

Tu és o brilho em meus dias
Mesmo dantes alvorecer, mesmo às noites de luar
És o sol de outono que empurra os ventos e me conforta
E de tuas boreais saí o fogo em meus invernos
És arco-íris nas primaveras de cores mil
O verão que queima minha pele repleta de tesão e suor

Me pergunto às vezes, estar sonhando
Me pego sonhando outras mais
Sonhando estar em teus braços
Largado de tanto amor
Quase morto de prazer
Refeito por tua insaciável juventude

E quão imensa é minha felicidade
Ao provar tu'abrangente sapiência
Das lições que nunca aprendi
Aquelas que não entravam emminha cabeça dura
As de viver só de amor
Amor a tudo que é belo

E com amor, por amor, de amor morrer
 

Não chores menina!
Só porque estou tão longe
Distante do teu corpo, de teus conflitos
Do teu olhar aflito a cada carro que chega
De tuas lágrimas de adeus
Todas às sete, rumo à saudade

Tenho tudo de ti em meu coração

E sou prisioneiro em teus olhos
Minh'alma é a cara da tua
E cada instante junto a ti é eterno
Cada beijo teu me torna criança
Toda lembrança tua me afasta a solidão

Lembro teu hálito em minha boca

Teu sorriso inocente de más intenções
Teu perfume que insandece
Vivo ao som do teu violino
E de tua voz sapeca à diabrura de Graham Bell
E de teus dentes, tuas unhas, sempre cravados em mim

Tu és o brilho em meus dias

Mesmo dantes alvorecer, mesmo às noites de luar
És o sol de outono que empurra os ventos e me conforta
E de tuas boreais saí o fogo em meus invernos
És arco-íris nas primaveras de cores mil
O verão que queima minha pele repleta de tesão e suor

Me pergunto às vezes, estar sonhando

Me pego sonhando outras mais
Sonhando estar em teus braços
Largado de tanto amor
Quase morto de prazer
Refeito por tua insaciável juventude

E quão imensa é minha felicidade

Ao provar tu'abrangente sapiência
Das lições que nunca aprendi
Aquelas que não entravam emminha cabeça dura
As de viver só de amor
Amor a tudo que é belo

E com amor, por amor, de amor morrer

VINDE A MIM AS CRIANCINHAS

Foto: vinde a mim as criancinhas
pois delas será o reino dos céus
assim como o céu é meu reino
quando toco suas peles lisas e suas faces imberbes
quando estremeço de paixão ao beijá-las

vinde a mim as criancinhas
meninas e meninos
pois delas é o reino do céu
onde está meu Pai
Aquele que fez o filho na jovem virgem
jogando no lixo sua dignidade e inocência
sem sua permissão

vinde a mim as criancinhas...
que venham mais meninos
pois são eles que me levam ao céu
quando suas glandes juvenis me rasgam com fervor
e me enchem do elixir da vida

vinde a mim as criancinhas
pois delas será o reino dos céus
lá está o Filho
Aquele que dormia com um jovem nu
no dia de Sua prisão
Aquele que mandou SAus aceclas roubarem um jumento
pra que se cumprisse Sua profecia de mentiras

vinde a mim as criancinhas...
se Eles podem também posso
sou seu menestrel
levo Sua palavra de amor
Pai, Filho e Espírito santo a tudo perdoam
basta a mim rastejar
cobrir-Lhes de cobres
mentir, mentir mentir
falar de Seu livro imundo
e de Sua vinda que nunca acontece

vinde a mim as criancinhas...
pra que beijem meu anel
e alcancem as bençãos
pra que alcancem a salvação que guardo sob a batina

vinde a mim as criancinhas
pra que eu mande ao inferno essa maldita castidade
elas sabem guardar segredo
vítimas da vergonha, do preconceito e do medo
 
vinde a mim as criancinhas
pois delas será o reino dos céus
assim como o céu é meu reino
quando toco suas peles lisas e suas faces imberbes
quando estremeço de paixão ao beijá-las
vinde a mim as criancinhas
meninas e meninos
pois delas é o reino do céu
onde está meu Pai
Aquele que fez o filho na jovem virgem
jogando no lixo sua dignidade e inocência
sem sua permissão

vinde a mim as criancinhas...

que venham mais meninos
pois são eles que me levam ao céu
quando suas glandes juvenis me rasgam com fervor
e me enchem do elixir da vida

vinde a mim as criancinhas

pois delas será o reino dos céus
lá está o Filho
Aquele que dormia com um jovem nu
no dia de Sua prisão
Aquele que mandou Seus aceclas roubarem um jumento
pra que se cumprisse Sua profecia de mentiras
vinde a mim as criancinhas...

se Eles podem também posso
sou seu menestrel
levo Sua palavra de amor
Pai, Filho e Espírito santo a tudo perdoam
basta a mim rastejar
cobrir-Lhes de cobres
mentir, mentir, mentir
falar de Seu livro imundo
e de Sua vinda que nunca acontece

vinde a mim as criancinhas...

pra que beijem meu anel
e alcancem as bençãos
pra que alcancem a salvação que guardo sob a batina

vinde a mim as criancinhas

pra que eu mande ao inferno essa maldita castidade
elas sabem guardar segredo
vítimas da vergonha, do preconceito e do medo

POR VEZES TE AVISEI!

Foto: POR VEZES TE AVISEI!

A tristeza invadiu minh'alma
E o que faço é só chorar
A saudade, a solidão, o desencanto...
A adaga ferina de tuas palavras
Alada, corta os ventos
Viaja montanhas e vales
Corre rios, rasga estradas
Por ondas da nova era
Até sangrar meu coração menino
E teus lábios tão doces, de repente...
Num surto de tolices, libertam a hera do adeus
Que jorra o veneno da maldade e te cega...
À morte me leva
Que fazer se teu ciúme é chaga, é praga?
É tormenta que destrói, desespero que corrói
Que posso, se insistem me querer?
A via crucis de seus medos e pecados
O corvo do mal agouro, o pio do mal presságio...
Não vejo com bons olhos o fim que me espera
Sabes que há muito tranquei-me em teu olhar
Pra secar tu'angústia
E as chaves... joguei
Agora... estou perdido num mundo sem luz
E o meu sorriso escorre por entre teus dedos
Disperso em meu sangue carcomido
Culpa do teu desamor
De tua falta do amor próprio
De faltar com teu próprio amor

A tristeza invadiu minh'alma
E o que faço é só chorar
A saudade, a solidão, o desencanto...
A adaga ferina de tuas palavras
Alada, corta os ventos
Viaja montanhas e vales
Corre rios, rasga estradas
Por ondas da nova era
Até sangrar meu coração menino
E teus lábios tão doces, de repente...
Num surto de tolices, libertam a hera do adeus
Que jorra o veneno da maldade e te cega...
À morte me leva
Que fazer se teu ciúme é chaga, é praga?
É tormenta que destrói, desespero que corrói
Que posso, se insistem me querer?
A via crucis de seus medos e pecados
O corvo do mal agouro, o pio do mal presságio...
Não vejo com bons olhos o fim que me espera
Sabes que há muito tranquei-me em teu olhar
Pra secar tu'angústia
E as chaves... joguei
Agora... estou perdido num mundo sem luz
E o meu sorriso escorre por entre teus dedos
Disperso em meu sangue carcomido
Culpa do teu desamor
De tua falta do amor próprio
De faltar com teu próprio amor

MAIS UMA VEZ...

Foto: MAIS UMA VEZ...

Mais uma vez eu, digno de dó
Nem sei se de meus pecados sou senhor
Estou aqui largado, braços jogados de lado
E a respiração ofegante
Urgido de sono, merecedor de descanso
Mesmo que seja meu repouso eterno
Um sorriso sutil e meio sacana
Sem querer levantar da cama
Bagunçada, amarrotada, cheia de suor...
Minhas pernas cambaleantes me jogarão ao chão, eu sei
Culpa dessa menina que não sacia sua sede de amor
Essa torrente de paixão,
Ela, que depois de me humilhar, sai rebolante
Linda em sua nudez, com os bicos empinados ao céu
Indo banhar-se, o fogo abrandar
Esse vulcão indomável que quer me tragar
E junto arrebatar-me a alma
Não sei pra quê, se já vivo o paraíso
Feliz
Não tão certo do dever cumprido, mas...
Sabendo que logo me embolarei, mais um a vez, entre suas coxas

Mais uma vez eu, digno de dó
Nem sei se de meus pecados sou senhor
Estou aqui largado, braços jogados de lado
E a respiração ofegante
Urgido de sono, merecedor de descanso
Mesmo que seja meu repouso eterno
Um sorriso sutil e meio sacana
Sem querer levantar da cama
Bagunçada, amarrotada, cheia de suor...
Minhas pernas cambaleantes me jogarão ao chão, eu sei
Culpa dessa menina que não sacia sua sede de amor
Essa torrente de paixão,
Ela, que depois de me humilhar, sai rebolante
Linda em sua nudez, com os bicos empinados ao céu
Indo banhar-se, o fogo abrandar
Esse vulcão indomável que quer me tragar
E junto arrebatar-me a alma
Não sei pra quê, se já vivo o paraíso
Feliz
Não tão certo do dever cumprido, mas...
Sabendo que logo me embolarei, mais um a vez, entre suas coxas

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

LICANTROPO VAMPIRO - HÍBRIDA ETERNIDADE


Sombras do passado...
Negros ventos que surgem além das muralhas
Vos digo, aqui de meu sepulcro
Do horror de minha essência canídea

Essa licantropia que assola o meu viver
E ferve meu imo sedento de sangue jovem
Quero sugar as tetas dessa menina
E sorver cada partícula do néctar que pulsa em sua jugular
Meu falo marfim, pontiagudo, a rasgar-lhe as vestes, as carnes, todas
Num orgasmo eterno
Concebido entre a vida e a morte
A vida, escrava da morte
A morte, lacaia das trevas onde sou senhor
 

ANJOS TAMBÉM CHORAM


No tempo de meu funeral.
Eu pecador... Entre deuses...
...Essas bobas ilusões
Catatônica imagem em meus olhos blindados
Meu sangue gélido, estático

Meu cérebro morto
A cerejeira a me vestir
O fedor de flores mortas a minha volta
E nem lágrimas tenho
Altius Pater Noster
Aquele Succubus de meus sonhos em prantos
Toda sua negra ternura derramada em meu peito
Minhas mãos cruzadas nada sentem.
Nem mesmo a rosa cálida do adeus

NÉCTAR


Dizem que as framboesas são o néctar dos deuses.
Dizem que brigadeiros feitos de chocolate holandês também.
Dizem que o vinho, o mel, a dança do ventre são néctares dos deuses.
Até a caipira cachaça com limão o é.
Mas o verdadeiro néctar dos deuses é esse líquido viscoso, lambuzado, cheiroso, abusado.
Que escorre da tua boceta quando a chupo alucinado de tanto tesão.


Tantas imagens indecentes desses parasitas
Esses humanos que fingem estar tudo bem...
Eles e suas seringas em meu rabo
Sendo que são os rabos deles que precisam de ferro
Eles falam de anjos, de deuses, de tantos seres
E sempre estão do lado

da luz, da verdade
Criam escalas de deveres que dizem valores
E me dopam por eu querer ser assim
Só porque como merda, tão rica em nutrientes desperdiçados pela cobiça
Sem citar os outros pecados capitais que eles mesmos elegeram
Só porque rasgo dinheiro, o papel imundo com o qual limpo meu rabo espetado
Essa gente cria seus delírios e quer que eu os siga
E passa a vida se enganando
Se achando semelhante a algo invisível
Tão sublimes ao ponto de algo ainda maior (se é possível) os proteger
E passam a criatura tal criador
Invisíveis
Invisíveis e rastejantes
Feito víbora à espreita do rato
Fazendo valer seu tamanho e mesmo assim injetando veneno nos que dizem irmãos
Feito abutre à espreita do moribundo
Pra se apoderar até da sua carniça deveras indigesta
E entregando seus restos aos vermes
Pra que terminem a limpeza...
E desta vida nada levam
A não ser seus próprios rabos para serem penetrados pelos seres da terra
Estes sim, senhores da razão
A eles tudo sucumbe
E nem o sangue venenoso dessas criaturas humanas superiores, iluminadas e dadivosas consegue corrompê-los
Eu aqui... Louco, deitado em meu ópio... E assistindo tudo... Indiferente a tudo
Eu e meus olhos esbugalhados de louco
Livre dessa hipocrisia imunda
Comendo cocô e rasgando dinheiro
E o pior é que, lá no fundo, sei que também sou humano
Lá no fundo do meu rabo espetado

ZUMBIS DA FÉ



Todos nós num mesmo stand by, perplexos
Tentando salvar os sonhos... e pra casa voltar
A fé, realizamos mais que nos disseram
E o que era distância agora vislumbra a fronteira sem luz

Todas as nossas cicatrizes se confundem
Não há cor que as valha ou semelhança que nos amplie o ser
Nem ao passado fazemos sombra
E, em nossos olhos, lágrimas de poeira
Somos cinzas de uma neve vazia
Dia a dia... e não vamos a lugar nenhum
A inércia de nosso sangue, negro e putrefato, não mancha o covil
Nem a essência da alma recorda a via crucis
Enfim, o silêncio...
CADA VEZ QUE AS BEIJO
Porque pões tuas tetas em minha boca?
Sabes que enlouqueço, perco a razão.
Teus mamilos pontiagudos, tesos, me mantam de tesão.
Sinto-me senhor ao sugá-los.
Sinto-me escravo de tua maldade indecente.

E perco a respiração.
Não sei se por duvidar de tamanha sorte, abstrata ilusão.
Esses teus belos seios, cousa âmbar, sonho cor de mel, formato de melão.
Que mela meus delírios, de tão doces.
Sabor da pura dádiva.
Que nem os deuses do Olimpos souberam provenir de uma heroína.
E nem sequer puderam provar.
Porque pões essas tetas pra eu sugar?
Se, após teu tresloucado orgasmo, te vais e me deixas ereto.
Duro feito diamante selvagem.
Querendo rasgar-te as carnes.
Querendo de amor morrer.
Porque pões essas tuas saborosas tetas em minha boca incrédula?
Porque judias de mim assim?
Só quero admirá-las.
Não quero beijá-las.
Pois, a cada vez que as beijo, pergunto-me:
- Porque pões tuas tetas em minha boca?
 

BREVE REENCONTRO - PRÓXIMO ADEUS


Agora que poucos dias faltam

Dias esses contados nas mãos

Agora que a ansiedade domina a solidão

E a manda aos confins do último inferno


Agora que a loucura não era pra ser tamanha...


Que meu coração deveria conter seus latidos


Sinto a eternidade bandida, onde o tempo não passa


Onde o solitudo insiste em minhas lembranças


Trazendo consigo o horror da escuridão


Trazendo o desespero ao pulso de minhas passadas


E, dessa prostituta esferográfica que não arreda pé, nada sai


A não ser lágrimas de tu'ausência


Escorridas em tinta venosa


Manchando as linhas de minha saudade

Grifando a data do próximo adeus





quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DISSONÂNCIA HEREGE

Eu, criatura, capturado no início da revolução
Definhando em minha vergonha
Manchado de fogo eterno por minha rebeldia
Tantos lobos então cordeiros
Porquanto de suas falsidades divinas
A apatia me consome
Não sou pestilência, porque o escárnio de minh'alma?
Porque essa eternidade  de terror?
Só quero minha liberdade
Minhas asas de luz

Ainda que tardia, mesmo que brinde as trevas
Quero morrer, ter meu solilóquio
Dê-me a paz
Exclua o inferno de seus planos de vingança

terça-feira, 11 de setembro de 2012

KHURSY

Banda de Old School Heavy Metal brazuca da minha amiga Ashelly. Só nós, headbangers, sabemos quão difícil é a vida artística de músicos que são discriminados pela midia e pela falta de discernimento da boiada que segue o padrão ditado pelas minorias poderosas.



http://www.youtube.com/watch?v=qje8it455YY&feature=plcp

sábado, 25 de agosto de 2012

TEU CHEIRO, MEU SONHO


Teu cheiro, meu sonho
Acordado agora
Abraçado à veste que esqueceste sobre a cama
E eu, lembrando do frasco sutil
Da fragrância cativa
Que, em gotas, liberta teus demônios, meus demônios
Quando misturadas aos cântaros de hormônios desse teu corpo nu
Expelidos como vulcão
Em bangs de loucura
Escorrendo por entre tuas pernas em laço, doidivanas
E teus seios na mi'a boca
Rijos, saltitantes, pontiagudos
E de nossas flores, nossos gritos, risos, gemidos, suspiros
Memórias de uma echarpe
Que repousa em minha mão direita
Na outra...

sábado, 18 de agosto de 2012

MARIANA


De mãos dadas, nós dois
Nos portais do paraíso
Ela e eu desfrutando do mesmo sorriso
Da mesma fortuna
E não há ipê amarelo mais intenso que os de lá
Nem rouxinóis que vibrem mais
No paraíso entre montanhas
E lá tem o querubim falastrão que nos encanta
Com sua inocência gulosa
E seus tantos Fórmula 1
Até mesmo a medusa é fan de nosso amor tão puro
Nosso tão doido amor
É lá que me farto
Em seus seios tão fartos
Em seus beijos que me fazem bambear
Tudo isso lá no paraíso
No paraíso tão breve e tão eterno
Onde repousa nosso amor

NECROTÉRIO


Agora tudo é noite
Fria noite
Das gélidas a eterna
E todos aqui, à minha volta, não olham pra mim
Indiferentes ao meu putrefato ocaso
Todos!
Insignificante naco sem vida
Vida insignificante esquecida
Antes da primavera também fria

Eles (azuis em rigor) sucumbiram, pois
São clones de meu infortúnio
Na escura tábua gelada, meu corpo gelado
E nem lembranças flutuam
Não há luz, tampouco esperança
Apenas os olhos cerrados de quem não está nem aí
Calados
De selo amarrado ao artelho maior
A espera do ceifador
E sua lâmina nada reticente
E, mesmo que me rasgue as artérias
Ou meu átrio perfure
Meu sangue não jorrará

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ESTRADA DO LEITE


Ontem estive observando a Via Láctea
Como é linda a trilha espiral dessa estrada de ilusões
De pura tormenta, expelindo esporos de luz
Cuspindo fogo
Soprando ventos solares tantos
Muitos em nossa direção
Por um tapete de alvura
Pra termos a sensação do que é belo
Pra termos a certeza que tudo vai ao longe
Ao inatingível infinito finito
E que todo esse planeta é nosso
Só e tão somente
E que devemos merecê-lo para tê-lo
Devemos aprendê-lo, antes de buscarmos novos mundos
Renovarmo-nos com cautela
Não reproduzirmo-nos feito bestas apocalípticas
Devemos notar o quão ínfimo somos
Esquecidos na imensa escuridão do universo
Minúsculos ante a grandeza do nosso Sol
E que deveríamos doar (como ele faz)
Cada instante de nossas vidas
Com amor e humildade
Sem nada em troca
Até esvairmo-nos

domingo, 29 de julho de 2012

RETORNO À SOLIDÃO


Solitário aqui
Como caçador da noite
Cheio de trevas
Congelado nesta cripta de horrores
Sem dor
No último suspiro de tu'espada
Diluído em toda tristeza desse mundo sem luz
Sem sonhos, desesperado eu choro
Lamentos inaudíveis dos que um dia foram amigos
Meus filhos sedados pela droga do abandono
Pra sempre na solidão
Frio, sem gritos, imune às pestes do mundo
Na solidão eternamente
A escuridão putrefata no colo dos abutres
Meu sangue daninho aos vermes famintos
Meu destino cósmico
O gelo em minh'alma
Espectros aos ventos que sopram sem direção
Rumo a minha natura mãe
Já sem medo da morte
Na solidão 
Eternamente

LÚCIFER



Os raios cortam os céus
Anjos choram
Tristes por minha alma perdida
Sou anjo caído à procura da luz
E é teu sorriso meu sol

Todos agora são felizes
Todos morreram
Felizes por mísera expectativa
Neste universo de onze dígitos
Onze dimensões, quiçá

Eu, preso na entropia de meu ser
Sem nem uma ampulheta a escorrer minha essência
Cativo no âmago dessa tua imundície
Irredutível na apostasia de minhas convicções

Pra ti, o tempo, vago segmento
Pra mim, linha cíclica de eternas entradas
E o solitudo no inferno do grande pai
Amor criado por tua mente podre e covarde

segunda-feira, 9 de julho de 2012

POEMA PARA UMA ÁRVORE MORTA



Esperança!
Que pífio engano
Comédia no arrolar de uma tragédia
Toda frondosa, de copa verde, cerne rosa
E sua verve pagã, de demônios e fadas

De tantos sonhos, sombra de nossos beijos
Com a adaga afiada, lâmina a romper a rubra seiva
O nosso amor se foi tão cedo
No outono gris, opaco, anunciando medo
Desespero
E o inverno triste espelhado no tronco em ruínas
Na primavera do meu adeus não existem flores

E essa corda a balançar num ganido de horror
Não tenho ar, não sinto dor
Na paisagem vista ao entardecer
Sou apenas um galho ao vento


terça-feira, 26 de junho de 2012

HEAVY METAL



Ah! O som dessas guitarras que gritam, aos berros, seus riffs
Ensurdecem a mim dos preconceitos
Ensurdecem, por preconceito, os preconceituosos e despidos de virtuose
O baixo embasa a cadência 
e aponta em riste a decadência das elites ópticas
que, sem ótica, alienam a ralé, vítima da baixa maré
A bateria dita o passo, regra o compasso tresloucado, alucinado da vida maldita
E em odes de protesto e ódio ao poder do ópio, vozes de anjos
Aqueles da púrpura profunda, do reverendo traidor ou da dama de ferro
Anjos draconianos, líricos, guturais
Pintando nossas almas de negro e branco
De cores de guerra
Dos tons anti-bomba
Essa canção, de cabelos compridos, de mentes brilhantes,
de poesias diversas é minha vida de liberdade
O heavy metal, mercúrio em minhas veias, habita meu coração
repousa meu ser, amplifica minha razão 
e enche minha vida de alegria e paixão

EFEITO BORBOLETA



Lembro o vento suave em minha face
Hoje, minhas rugas são rusgas do tempo carrasco
Alcaide de minhas culpas e fugas
Mas isso não mais importa
Novamente abriu-se a porta, aquela de meus sonhos
E por ela, uma cintilante fada,
uma imago de asas de mel
Se fez, com seu sorriso, metamorfose em meus devaneios
Mesmo agora com meus pés de volta ao chão
O pouso fez-se vida
O vento em brisa
Nossos corpos num só
O tempo, a distância, a saudade, a quem importa?
O vento se encarrega
Nas asas dessa ninfa encantada
Sem a morbidez de crisálida
E eu, vítima do efeito borboleta



domingo, 24 de junho de 2012

HISTERIA




Esta saudade que é pele em minh'alma

E de tantas lembranças que minha mente nem dá conta

Meu coração afobado tropeça

Afoga-me em lágrimas que pene me ilham da vida

O pano preto em meus olhos, a mordaça que pune meus gritos

E o que eu queria é só te ver

Que eu te amo queria te dizer

Juntinho ao teu ouvido

terça-feira, 5 de junho de 2012

A CIGARRA E A FORMIGA... E AS BARATAS


Ei!
Você aí pagando de cigarra gospel
E quando o inverno chegar?
Seu grito estridente irrita
Seu inerte intelecto assusta
Aí de mãos postas, fingindo ser feliz


Nós formigas movendo o mundo
Com o dobro às costas
Sequer um segundo esperando cair do céu


Melhor seria se você fosse barata
Imunda, asquerosa
Levando o mal de lá pra cá
Perturbando os tementes
Roubando o alimento de quem nem tem
Burlando as regras divinais
Sobrevivendo ao holocausto da elegia com toda heresia
Servindo como espelho à imundície
E procriando pelos quatro cantos


Você com sua ladainha, sua fuga da razão
Como se o mundo fosse apenas sóis
Nem formiga nem barata notam seu louvor
Sua carcaça secará e carcomida será
Pelos vermes que revolvem a terra da ilusão
Pelos ventos que correm prisioneiros
No grão azul de poeira
Sabe-se lá em quais confins do universo

sábado, 2 de junho de 2012

LE TEMPS DES HOMMES EST DE L'ÉTERNITÉ PLIÉE


 

Je vis chaque seconde comme une opportunité
Le temps des hommes est de l'éternité pliée (Jean Cocteau)
Je vis aujourd'hui, maintenant, ce
Les souvenirs sont des cristaux
Donc fragiles qu'ils cassent et ne pas le faire
Sous forme de mosaïque sans que l'un, sans contenu
Mon avenir, non pas qu'il est incertain
Il n'ya tout simplement aucun espoir utopique
Je fais des rêves d'enfants, garçon que je suis
Je rêve d'un endroit où il n'y a pas de mal

Même pas le temps passe, le rêve de rien
Mes projets visent
Crier, courir, se battre

Parce que je sais que cette vie est certain
Comme certains, c'est la mort

Mes amis mes frères
Sanguin descendance, l'innocence déraisonnable
Ennemis? 
 Que le diable vous emporté tous!  
Je n'ai pas de religion, pas même Dieu
Je suis un homme droit, tout droit, direct
Illusions éphémères pour des imbéciles
Je vis l'amour d'une femme

Drain ma forces dans la passion
Est ce que ça vaut
J'ai planté mon arbre, en fait, des centaines d'entre eux
Enfants en ont, mais ils sont des orphelins, du monde sont sales
Et ma vie est un papier buvard avec un non-sens et aime
Hérésie, le blasphème
Parfois, l'hypocrisie, le fruit de mes particularités
Authentique, libre, m 'fous

Appelez-moi aussi
J'espère que de grandir un peu plus
Tant que la poussière retourne
Et la nature, Mère de Dieu, de poursuivre la loi
Étendre l'univers de l'énergie de mon être

Et tiens mon esprit païen

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A VOLTA


A lousa fria onde pousa meu corpo.
Ardósia maldita que enrijece-me as dobras
e desvanece a minha carcomida tez.
E essa gente, olhando pra mim, aos prantos
quando nada mais resta,
a não ser um monte de esterco
ansioso a nutrir a roda da vida
Esta, em conluio com a morte:
O contrato, a ceifa, o chorume, o pó,
a volta

terça-feira, 29 de maio de 2012

NIILISTA GRAÇAS A MIM


Sou o senhor de mim, mesmo poeira sendo
Sem avatares, sem mitos, amoral estou
Em busca de meus degraus, meu vaticínio
Longe do divino imposto outrora
Avesso a esse paraíso de mentiras
Caindo nesse abissal abismo de verdades
Sem razão, sem motivo, sem querer saber
Até o lamaçal dessa hipócrita semelhança
O silogismo sine qua non de meus hemisférios
Eu sujeito, não predicado
Meu verbo doutrina meu ser
Ser, estar, permanecer
Num cíclico e perene existir

ANTROPÓFOBO


Eu, cá em meu mundo solitudo
Solitário, abandonado, misantropo 
Quero apenas que me deixem em paz
Na paz de meus quartos escuros
Esquivo a todos vós
Na casa ao lado, gente do meu peito
Á frente, à direita, asqueroso demônio
De meus pesadelos, senhor
E esses monstros da rede a me perseguir
Sem, nem mesmo, eu saber de suas existências pífias

Já sem o amor do meu amor caio em prantos
Lágrimas tolas por um ser demérito
Gotas de uma derradeira esperança
Maculada no carcoma de seu egoísmo
Tendo que suportar seu réptil lamento
Palavras que não mais enganam
Atos que apenas provam sua humanidade
E aumentam, cada vez mais, minha antropofobia

quinta-feira, 24 de maio de 2012

OBSIDIAN


Toda a fúria do meu amor pereceu
Com todas as forças de meu coração vulcânico corri ao teu encontro
Preso no inferno profundo, sem poder te alcançar
Meus olhos buscando um oceano de vida
Ao longe, tão longe, nosso amor proibido
E a minha pressa deixou marcas
Um veio de destruição pelo caminho
Cinzas, súlfur, flores mortas
Atrás esquecidas, sem nada importar
Nuvens escuras, tormentas de fogo
Era assim meu amor por ti
E teus cânticos sirênicos, feitiço em meu ser
Então nosso encontro, derradeiro
Tu, fria
Como a água do mar glacial
Morta, ceifaste minha razão
Petrificado em teu colo restam cristais de luz
Mas estaremos juntos para todo o sempre