domingo, 29 de julho de 2012

RETORNO À SOLIDÃO


Solitário aqui
Como caçador da noite
Cheio de trevas
Congelado nesta cripta de horrores
Sem dor
No último suspiro de tu'espada
Diluído em toda tristeza desse mundo sem luz
Sem sonhos, desesperado eu choro
Lamentos inaudíveis dos que um dia foram amigos
Meus filhos sedados pela droga do abandono
Pra sempre na solidão
Frio, sem gritos, imune às pestes do mundo
Na solidão eternamente
A escuridão putrefata no colo dos abutres
Meu sangue daninho aos vermes famintos
Meu destino cósmico
O gelo em minh'alma
Espectros aos ventos que sopram sem direção
Rumo a minha natura mãe
Já sem medo da morte
Na solidão 
Eternamente

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