segunda-feira, 1 de agosto de 2011

TRISTEZA

A tristeza me invade agora
Lá fora a garoa gelada salpica o asfalto
E eu, aqui do alto de meu delírio, viajo por nuvens sombrias
Misérias de meu pensamento
Vivo a saudade, clausura demente
Carente de afagos do meu amor tão longe
E tão longe se vai minha alegria de viver
Meu desespero é tal que definho
É frio meu ninho, amarga é minha esperança
Chorar de saudade me cansa
O peso da idade notório se faz
O sopro da vida se esvai de forma fugaz
Falta-me o ar nos pulmões esfumaçados
Mais um cigarro fumado
Outro trago na gentil aguardente
Meu sonhos já todos rotos
Largados no esgoto, riem de mim
Estou que não me aguento, perto do fim
Ébrio em meu éden etílico
Louco à espera da morte
Que a sorte, em breve, me tire essa dor
E acabe de vez com essa míngua de amor

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