quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O GRANDE BANG


A estupidez dessa vossa certeza de utopias
Certeza de sua hereditariedade imunda
E de sua ilógica salvação
Uma imensa vida sem fim e sem função


Eu, de minhas incertezas, indecisões e questões
De minha inteligência incansável
De minha imaginação incessante
A tornar meus conflitos constantes


E essas minhas dúvidas que não calam?
Eliminar de minha mente quem é quem
Com todas as partículas, partícula sou
Particularmente esquecido na poeira


O tapete que se arrasta e me afasta aos confins
De todas essas estrelas que não sei de onde vim
Se foi da dúvida razoável, pra que certeza?
Tenho outros erros a escolher


Vivo desse simplório paradoxo
Visto como besta, a carapuça me serve
Busco a certeza de minhas inverdades
Vós eternizais a mentira na certeza

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