quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

EVOLUÍDO?



Eu plantada aqui



Bastou um raio desse meu deus incansável


Pra que à vida tornasse


E te cobri de sombra e esperança


Pra contemplares o éter anil 


No cáustico verão de tuas lamentações



Eu que desnudei-me no outono gris


E no inverno mostrei-me morta


Fria, seca, triste


Veio, então, a primadona


A florir teus dias


Matar a tua (e a minha) sede


Equir tua fome com meus frutos


Pra que tu geraste os teus


Por todos os anos de minha vida


A cada ano da tua


Tua existente aparência


Teu circunstante vazio

Um comentário:

  1. Viviane Voorheesfevereiro 01, 2012

    Gosto do que escreve porque existe um "vazio", um ar de "lamúria" em quase tudo o que diz e isso o torna sombrio, diferente...Não há perfeições, pensamentos clichês com romantismo barato...
    Gostei muito..

    Beijo.

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