segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
ÉS TU
Tu não és nem grão
Este planeta, no caminho do leite, também não
O sol nem poeira no universo é
És apenas parte de um limite reverso
E irás, um dia, até as fronteiras do infinito
Tornarás à singeleza do ínfimo
No vai-e-vem caótico da entropica criação
Ao cingir da luz que nada lumia
Filho de um eterno breu
Onde não há arquiteto
És acaso de um minueto
De métricas regras que pouco importam
És parte de toda beleza
Mesmo em sua insignificante realeza
Fazes parte, és partícula, és fase
Fração de uma rebeldia movediça
És fogo que arde
E o paraíso?
É a triste inutilidade
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