E eu aqui sentado, tomando meu vinho
Ébrio já, rodando gelo no copo
Pensando em minha amada que está tão longe
Sofrendo as agruras da solidão
Longe de minha ninfa, Melíade tão distante
Lembrada no espaço desse coração outrora vazio
E agora inundado de ferina saudade
Essa maldita erínia que pune minha heresia
Por duvidar do amor de minha bela sou cativo
Dissoluto nos mares revoltos da tristura
E saturado por essas lágrimas de sangue
Que jorram do meu sofrer, causa de mea culpa
Quero afogar-me em orgias; de Dionisio, o meu senhor
E perder-me nas vinhas, nas uvas, nas garras das quimeras
Sonhar a louca viagem, sem vento e nem tempo
Na busca dessa coisa que me empurra
Rumo ao celeste noivado de Artemis
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