-Odeio matemática!
-Odeio física!
-Odeio química!
-Isso não entra na minha cabeça.
-Se deus quiser vou passar no vestibular
-Vou conseguir um bom emprego
Ouço as pessoas dizerem isso todos os dias
Mas essa gente odeia o pensamento
O raciocínio
O intelecto
Não leem um livro sequer por toda a vida
Nem aquele das fábulas imundas e imorais
Que pousa aberto sobre a mesa
A sequestrar a estática poeira
E o cocô das varejeiras que sentem o fedor ao longe
Esse meu povo que não lê e escreve mal
Que curte funk e carnaval
Que não diz juras à pessoa amada
Mas chora pelo Curintia
E berra, aos faniquitos, o nome de Neymar
É esse povo que amo, mas tenho pena
Que Deus o livre de sua própria ignorância
E o Diabo o carregue às profundezas
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