sábado, 3 de março de 2012

ELA




Ela era um sinal
Das trombetas dos céus
Anunciando a purificação de meus dias
Ela era a tentação
De queimar, o fogo sob minha pele
Gritando pra que eu amasse sem pudor
Ela era um anjo
Daqueles caídos
Um toque de Midas sobre meus sonhos
Sua luz era tal a blindar meus olhos
Um brinde ao amor que tanto busquei
De seus sorrisos, um arco-íris
De suas lágrimas, um pranto de paixão
Seus sorrisos nos unindo em fachos
Suas lágrimas, a loucura de um adeus
Porque este castigo?
Porque a distância, se só fiz amar?
O selo de meu destino sempre foi marcado
Em singular solitudo
Na paranóia de minha saudade
Nosso amor, poema de letras vermelhas
Escrito ao correr de meu sangue
Grafado em minha carne podre de tanta tristeza
Por estar tão longe, tão só
Faminto desse louco amor

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