DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Mais uma data da hipocrisia e alienação.
Eu vejo, todos os dias, logo cedo, mulheres buscando o sucesso. Mulheres com o filho na barra da saia, outro a tiracolo; nas costas, as mochilas, 3 delas: a do filho pequeno que vai à escola; a do bebê que vai pra creche, a dela, que vai ao trabalho. Enquanto isso, os bares da vida já estão lotados de inúteis beberrões.
Os ônibus e metrô, lotados de mulheres, de manhã indo para o trabalho, onde ela ganha menos que o homem por função idêntica. No final da noite, lá estão elas, exaustas, voltando da faculdade; os homens, ainda a beber e/ou se afundando em drogas.
Mulher é mais compenetrada, mulher é mais organizada, mais responsável, mais higiênica, mais pontual, mais fiel, mais inteligente, mais perspicaz, mais educada, mais democrática, mais bem formada escolar e socialmente.
Mulher é mãe dos filhos, do pai, do marido, dos amigos e até dos vizinhos (elas querem tomar conta de todo mundo).
Mulher é amante, apesar de elas não gostarem da coisa tanto quanto nós homens, mas isso é da natureza feminina.
Mulher só não é amiga de mulher, é concorrente! No amor, no trabalho, no lar, no seu dia a dia em geral.
A mulher leva vantagem sobre os homens em tudo que faz, por todos os dias do ano, então, pra que um dia dedicado à mulher? Pra satisfazer a ganância dos donos de floriculturas, perfumarias, joalherias e bombonieres? E os outros dias do ano? Como nós as tratamos? O homem, com seu machismo escolado, inclusive na alienação religiosa, mesmo que não admita, considera a mulher inferior, submissa e subserviente, enquanto a mulher só espera a proteção, em todos os sentidos, de nós homens, tanto que é difícil encontrar uma mulher alta executiva esposada de um servente de pedreiro. Ela quer um macho dominante, que lhe de segurança e proteção, mas nós homens não conseguimos enxergar tal singeleza.
No entanto acho absurda a atitude de muitas mulheres em louvar um ser fictício que tem num livro imoral e mal escrito a prepotência da onipotência fétida masculina, onde coloca a mulher como sendo a culpada pelas mazelas humanas (a maioria delas de responsabilidade única dos homens), livro este que tem a mulher como ser inferior, de segunda categoria, existente apenas para servir aos “sacudos” e calar-se diante deles ou mesmo na ausência. Este livro chega ao despautério de qualificar a mulher como imunda por trazer à luz um filho homem e imunda duas vezes se parir uma menina. É a crassa tolice de um ser tão divino, mas tão ingênuo.
Também me causa desconforto e decepção ao ver as mulheres, de todas as idades, todas as classes sociais e todos os credos se deleitando com lixos musicais que sempre as colocam como objeto de uso descartável e de utilidade promíscua como ocorre no funk, axé, pagode e sertanejo. “Ai se eu te pego, ai, ai!” na boca da mulherada é coisa de causar indignação e nojo. A mulher bradou tanto por igualdade e se igualou por baixo, perdeu a dignidade e o encanto.
Pra se ter uma ideia, meu blog, onde eu coloco as mulheres como ser divino e magnânimo, digno de veneração, quando escrevo sobre elas, é infinitamente menos frequentado que sites de adoradores do mito solar chamado Jesus, sites de porcarias mal compostas que hoje chamam de música e de noticias sobre a baixaria televisiva dos grandes irmãos da inutilidade e falta de moral.
E hoje, como outras datas comerciais do tipo Dia das Mães, Dia dos Namorados, Natal, deveria, pois, ser chamado Dia Internacional da Hipocrisia porque ninguém tá nem aí para as mulheres, nem elas próprias. Hoje é dia de dar flor e amanhã voltar a tratá-las como algo insignificante, sem importância.
Veneremos as mulheres o ano todo, todos os dias dele, não só neste dia que existe só pra gerar lucro aos comerciantes e alívio na consciência dos que estão em dívida com as mulheres. Façamos da mulher o que realmente ela é: A coisa mais importante de nossas vidas
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