MAR DE LÁGRIMAS
As nuvens me vêem
E pensam largar seu pranto em mim
Tentam me afogar, me entristecer té que morra
O grotão que minhas lágrimas tecem
Tantas, fartas
Farta o oceano de minha saudade chata
Rebentam vagas de sal que em meus olhos ardem
E nada vejo
Sinto medo, tanto medo
De não poder navegar neste mar que criei
Medo de tornar-me refém
E aqui, tão longe de ti, morrer
Vítima desse mar revolto, selvagem, impiedoso
Águas de minha solidão
Vingando-te porque te abandonei
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