terça-feira, 27 de março de 2012

MAR DE LÁGRIMAS


As nuvens me vêem

E pensam largar seu pranto em mim

Tentam me afogar, me entristecer té que morra

O grotão que minhas lágrimas tecem

Tantas, fartas

Farta o oceano de minha saudade chata

Rebentam vagas de sal que em meus olhos ardem

E nada vejo

Sinto medo, tanto medo

De não poder navegar neste mar que criei

Medo de tornar-me refém

E aqui, tão longe de ti, morrer

Vítima desse mar revolto, selvagem, impiedoso

Águas de minha solidão

Vingando-te porque te abandonei

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