quarta-feira, 16 de maio de 2012

REDUZIDO A UMA BESTA


Tanto amor de minha mãe à luz de meus dias
Da infância imberbe, inocência indelével
De querer aos irmãos todo o bem
Todos os sorrisos merecidos extirpados,
ante a tirania daquele dito pai,
feito ogro de incessantes pesadelos
Na shangri-la de meus livros, encantos
Do saber esfuziante, a alegria na busca
No encontro o prazer
À doutrina travestida de santa refeição
Os louros poucos, o ouro farto
E de tantos sonhos, aqueles da rebeldia francesa,
tantos enganos, 
enfadonhos deslizes
A mídia, o clero, o poder
O destino de minha humanidade pífia reduziu-me a uma besta

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