sábado, 5 de novembro de 2011
ESTRANHO INVERNO
Estronda a tempestade
Cobre o Sol
Anuncia a mudança
Vejo um gris prateado
Chuva fantasma surpreende a estação
Após a chuva vem o mistério
E nubla a miséria das culpas de minha vida
E essa misantrópica melancolia?
Maldita melancolia de meus erros
O mundo, de meu exílio não vejo
Nem teu corpo quente sinto
Tampouco teus olhos lançar arco-íris nos meus
Vultos dessa chuva temporã
No julho amargo de minha solidão
Tempestade de medos
E a morte já em meu encalço
Meu rastro na areia do tempo
E eu, sem teu corpo quente
Na saudade desse triste adeus
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