quinta-feira, 19 de abril de 2012

ENTREGUEI MINHA VIDA À TUA LUZ



Vi teus livros abraçando teu sorriso

Ao passar pela porta donde emana o paraíso

Lá, onde o prazer grita aos ventos teu ansioso saber

Nas estantes de tua vida descansam teus amores

Dos mais exímios autores às mais eloquentes epopeias

De Lord William à Platão

Da arrogante Odisseia às rosas inexatas da razão

Como pode uma mente inquieta,

de tão poucas primaveras, tanta luz irradiar?

Tantas palavas tuas, tão puras, como a lua nua, as estrelas corar

Como pode?

Tornares cousa miúda o firmamento

Se comparado a amplidão do pensamento teu

Assim, só tu, és senhora de meus sóis finais

Redentora de meus medos ancestrais

E o que me apraz, me dá a paz,

é tua meninice tagarela no amanhecer

Sussurrando em meus ouvidos

Eu, atento às lições que me permites apender

Ah! Isabella, meu doce anjo

Por esses tantos verões, cantados a fio, em busca do aeon

Finalmente, és o neon que me extasia

És elegia indubitável

És porto onde repouso minha incrédula carcaça

Teu colo em verso é meu perene sustento

Tua verve multicor meu delírio boquiaberto

Meu fascínio por viver do teu amor

é fruto de teus lábios em poesia

Teu corpo, de curvas pouco cridas,

é complemento de minha sorte tardia



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