Vi teus livros abraçando teu sorriso
Ao passar pela porta donde emana o paraíso
Lá, onde o prazer grita aos ventos teu ansioso saber
Nas estantes de tua vida descansam teus amores
Dos mais exímios autores às mais eloquentes epopeias
De Lord William à Platão
Da arrogante Odisseia às rosas inexatas da razão
Como pode uma mente inquieta,
de tão poucas primaveras, tanta luz irradiar?
Tantas palavas tuas, tão puras, como a lua nua, as estrelas corar
Como pode?
Tornares cousa miúda o firmamento
Se comparado a amplidão do pensamento teu
Assim, só tu, és senhora de meus sóis finais
Redentora de meus medos ancestrais
E o que me apraz, me dá a paz,
é tua meninice tagarela no amanhecer
Sussurrando em meus ouvidos
Eu, atento às lições que me permites apender
Ah! Isabella, meu doce anjo
Por esses tantos verões, cantados a fio, em busca do aeon
Finalmente, és o neon que me extasia
És elegia indubitável
És porto onde repouso minha incrédula carcaça
Teu colo em verso é meu perene sustento
Tua verve multicor meu delírio boquiaberto
Meu fascínio por viver do teu amor
é fruto de teus lábios em poesia
Teu corpo, de curvas pouco cridas,
é complemento de minha sorte tardia
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