Cálices de vinho postos à mesa
Castiçais mágicos sustentam a elegante penumbra
Rosas decoram, perfumam, enebriam
Frente a mim uma deusa
Sedenta de amor
Olhos brilhantes
Mãos ansiosas
Olhares cativos
Ternos toques
Afáveis carícias
Lábios carmesim, ardentes e hipnóticos
Pensamentos insanos me possuem
Desejo e paixão
Coração violento
Flamante sangue vulcânico
Ares rarefeitos e sufocantes
Então, sucumbo à loucura
Insensato
Inconsequente
Lanço tudo ao chão
Sonhos tão quistos, cristais rompidos
A toalha escorrega e pousa num canto
Suas roupas, rotas se espalham
Meus braços enlaçam
Minhas mãos descobrem
Meus beijos entorpecem
O ar que respiramos é um só
Nossos corpos também
Amamos sem medo
Fluidos se misturam, os nossos
Gemidos arfantes
Palavras desconexas
Dentes cerrados
Uivos e garras
Navalhas de Vênus
E explodimos numa torrente de êxtase
Castiçais estilhaçados
Cálices tombados
Rosas sofridas sob meus pés
Amor eterno
E vinho a brindar
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