domingo, 27 de fevereiro de 2011

SQUIZO


Quando ouço tua voz meu coração dispara
Minh'alma flutua, à toa vagueia, me invade a emoção
São tantas batidas que perco o fôlego, fogo em meu peito
E não tem jeito, não consigo conter a sensação
Arpejos entoam cânticos de amor, tua voz isto me causa
Sem tempo, sem pausa, só quero seus beijos
E nunca que me contento, quero viver cada momento
Sentir que só assim posso ser feliz
Tua voz me eleva, me sacia, me ilumina
Me enlouquece tua magia, tua beleza me domina
Não é fácil estar tão longe de ti
Se amanhece, o canto dos pássaros me traz tuas lembranças
E a esperança sempre torna ao anoitecer
Quando vejo o brilho da lua e lembro que a ti pertence
Que aquela luz esplendorosa só pode ser tua
E tua é minha vida, e teu é meu coração
Por isso ouço o tempo todo a tua voz
Pra lembrar-me o tempo todo de ti
É nesta prisão que vivo
Como companheira, a solidão
Que quando parte me sinto só
E quando volta me sinto em ti porque torno a ouvir tua voz
E louco, sem razão me chamam
Mas sei que, mesmo desvairado, mora em mim a alegria
Sou feliz porque te amo e amo ouví-la cantar
Mesmo que seja pura ilusão de minha esquizofrenia

É ASSIM QUE EU SEI AMAR


A porra dessa vida é a escuridão onde a gente se enfia
Paixões que nem sempre trazem felicidade
Que às vezes nos fazem sorrir, outras chorar
Os paradoxos entre o bem e o mal
Hora amamos, hora odiamos
Nossos pensamentos são pra pessoa amada
Mas será que ela ao menos se lembra de nós?
E esse ódio quando se vai nos faz amar ainda mais
Lembranças de tudo, da pele, do rosto, do corpo, sorriso
O brilho, a luz, a necessidade de estar junto
Meu amor é assim, esse misto de desejos
De querer estar e não querer
De querer o tempo todo ou refletir na solidão
Todo esse tempo quero fazer amor
E se me contraria quero que sinta dor
Amor, paixão, paixão, amor
A gente mistura as bolas, confunde-se nos sentimentos
Querer bem, desejar, na cama, no chão, na lama
Ou mesmo no banho com a névoa embaçando o box
E a temperatura subindo e estourando o bulbo
E relaxar do gozo, dormir abraçadinho
Beijar na boca, fazer todo tipo de carinho
E pode ser que um dia tudo isso acabe
A paixão cesse e o amor se transfigure em monstro zoombie
Que queira arrancar-lhe os miolos e deleitar-se nas suas carnes putrefatas
Comê-la viva pra que sinta o sofrimento de um abandono
Mas nada disso tem relevância quando o amor prevalece
Quando purificamos nossas almas e nada em troca queremos
Hoje, neste momento, agora, é assim que eu sei amar
Dane-se se ela não sente o mesmo
Meu amor não muda, não aumenta nem diminui
Apenas é vivido intensamente
A cada instante, mesmo que distante de mim ela esteja
Ou grudada em minha pele como sarna
Porque não sei se amanhã estarei por aqui
E por isso não posso perder tempo

MEL

Carmella voltou. Dezoito anos se passaram, mas não pra ela. A beleza de seu rosto, seu sorriso e seus absurdamente maravilhosos olhos violeta estão intactos. Não notei uma gordurinha sequer. Ela é divina.Sempre foi e em nada mudou. Não sei se o tempo e a natureza foram tão generosos ou se congelei sua imagem irretocável em meu coração. Fiquei estupefato ontem, quando a encontrei, aliás, ela me encontrou. Estava descendo aquela avenida rumo ao Shopping Center e não sei como, dentro daquele carro de vidros escuros, ela me viu, nem sei qual a marca. Nunca entendi nada de carros e não seria ontem que notaria algum detalhe, a não ser o estofamento em couro.
Nos conhecemos no ônibus, o amarelinho, um circular que fazia um percurso ligando o centro de minha cidade com diversos bairros. Existia um rapaz portador de Síndrome de Down que utilizava diariamente esta linha e gostava de importunar, na sua ingenuidade, é claro, todas as mulheres bonitas. Ingênuo, mas não bobo. E num deses seus afoitos assédios tive que interferir porque às vezes ele se tornava um tanto quanto rude. Nesse dia seu alvo era Carmella e foi assim que nos conhecemos. E assim foi que nos apaixonamos. Desde o primeiro contato.
Lembro-me da última vez que nos encontramos, dia 22 de dezembro de 1992, era uma terça-feira. Saí do trabalho e passei pra pegá-la no seu. Fomos jantar e depois ao lugar onde sempre nos encontrávamos, na mesma suite nº 4, a mesma recepcionista, Judy, a mesma camareira, Adélia. Sempre gentil e sorridente, dizia que admirava nosso amor, que queria um dia ter um igual. E foram três anos de um amor intenso, ah, isso foi.
Naquele dia, Mel (era como eu a chamava) estava apreensiva, reticente, até meio fria comigo. Queria conversar, discutir nossa relação e quando começou, desabou num choro incontrolável. Ela disse que não queria mais me ver, que não suportava mais ter que me dividir com alguém, principalmente porque esse alguém era o meu verdadeiro amor, coisa que eu nunca fiz questão de esconder. E disse que tinha o apoio dos pais e do noivo pra decisão que viesse a tomar em relação à sua gravidez.
E sua decisão foi me deixar. Aquele momento, nosso último, foi um dos piores momentos de minha vida. Ela chorava sem parar, me abraçava com tal aperto, com tanta ternura e tristeza que também chorei muito. Choramos. Por horas. Conversamos muito e sorrimos também. Demos algumas gargalhadas até, quando lembramos dos nossos momentos de encanto, de nossas guerras de travesseiro e de sua cara maquiavélica e sádica quando me afogava na banheira da sempre suite nº 4. Nua, sentada sobre meu peito e afundando minha cabeça naquele mar de água de cheiro e espuma.E linda, a mulher mais linda, que tinha (e tem) o sorriso mais lindo e os olhos mais fantásticos que já vi, como que ametista, contornados com aquele lápis preto, forte e sedutor.
Naquele dia a deixei em casa certo de que aquilo não aconteceria de verdade. Eu tinha certeza que ela não me deixaria, que voltaria atrás em sua decisão. Mas enganei-me profundamente. Passadas as festas de final de ano liguei pra ela, na empresa onde trabalhava e, pra minha surpresa e decepção, ela havia pedido demissão naquele mesmo fatídico dia 22 de dezembro. Liguei pra sua casa então e sua mãe me atendeu e pediu que eu a deixasse em paz, que ela estava sofrendo muito por minha causa. Me disse que ela havia viajado e que não era pra eu saber o seu destino. O meu desespero e o restante da história nem convém contar aqui. Eu tinha uma família, uma esposa que amava infinitamente, um filho maravilhoso e minha filha nasceu logo após e me trouxe de volta a fecilicidade e, por algum tempo nem lembrei-me de Mel, nem de sua gravidez.
O tempo foi cicatrizando essa ferida lentamente, em doses homeopáticas e nunca mais tive notícias dela. Também não fui mais atrás. E só restaram doces lembranças e a angústia de ter um outro filho e não poder ter tido a oportunidade de ao menos conhecê-lo.
Agora ela, do nada, me aparece novamente. E trás de volta as lembranças, as lágrimas, o seu encanto. Outra vez rumamos à suite nº 4 e desta vez não nos amamos. Até sentimos vontade, nos beijamos ardentemente, nos excitamos, mas a razão falou alto. Não tínhamos o direito de nos desrespeitarmos e abrirmos feridas que o tempo tratou de curar.
Ela me disse que o seu amor por mim não diminuiu sequer um milímetro, se é que o amor é mensurável. O anel de brilhante com o meu nome gravado ainda repousa em seu dedo e o pingente com minhas iniciais paira sobre seu peito, mas eu não senti a mesma emoção de outrora. Sei que o meu amor por ela ainda existe, mas não é a mesma coisa. Hoje vivo um amor como nunca dantes e as mazelas que a vida me pregou fazem com eu seja comedido em meus atos. Essa minha doença de amar tão intensamente e amar mais de um amor, duas mulheres ao mesmo tempo, às vezes até três, está sob controle.
Nesta história triste restam duas dúvidas:
- Será que é verdade que ela perdeu nosso filho, como me contou aos prantos? Não sei. Não senti de todo que ela estava sendo sincera. Acho que ela faltou-me com a verdade;
- Será que toda essa história é veridica ou não passa de um breve conto criado em minha mente apaixonada?
Só sei dizer que fatos e personagens que a compoem não são mera coincidência .

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MINERVA LOCKED -





Chega aqui, meu amor
Tira essa sandália, repousa aqui seus lindos pés
Pode sentir-se à vontade, meu bem
Saiba que por mim este aqui é teu lugar
Vamos aproveitar o tempo que temos
Esse tempo que é só nosso, a aventura que vivemos
Hoje!
Tem que ser agora
Seja forte, coragem meu amor
Não olha pra trás nem almeja o futuro
Aqui tens tudo de mim
Pois sou todo pra ti
Chega aqui, meu amor
Eu sei que tu queres ficar
É tão fácil vivermos um pro outro
É tão fácil amar
Basta que deixemos fluir nossa paixão
E seu eu partir?
Porque o tempo não espera
No seu tempo me procura, estarei aqui neste lugar
Ou onde quer que seja
Em qualquer canto do universo
Porque só me resta te amar
Por todas as luas, em todas as estações
Pega o trem e desembarca aqui no meu colo
Chega aqui, amor e toma posse do meu ser
Não tenhas pressa
Pois não vou a lugar algum
Esperei a vida toda por este momento
E não quero sentir tua falta
Saudade não aportará em meu coração
Só quero viver esta paixão
Com tão loucura qual ninguém possa acreditar
E que os acasos da vida, a tão improvável sorte
Te guarde dentro de mim
E não nos separe a própria morte

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

À LUZ DE VELAS


O meu amor agora é somente meu
Minha amada cá minha razão, meu coração
Sua doçura, sua magia, seu encanto
Até suas manhas e manias
Suas manhãs, chás e luas
Sua alma me tatua e me enche de esperança
Seu semblante de criança ou quando vestida pro baile 
Quando na cama, despida, nua, perdida em minhas ruas
Ou mesmo quando seus lábios em chama
Centelha que flama em beijos ardentes
Seu coração que pulsa forte me pertence
E por mais que tente já não vivo sem ela
Pinto a aquarela, viajo, lápso demente
Minh'aura explode ao seu olhar
Sorriso de feitiço, cantiga de ninar acalanta seu bebê
E me pego abobado, boquiaberto, rendido, à sua mercê
Que alegria é sua magia
O cheiro envolvente das rosas
Deitada sobre o alvo cetim ou em pétalas espalhadas como jardim
O doce néctar das uvas, eu ébrio em cálices de tinto
Talvez mais tarde um trago em seus fluidos, aromas de absinto
Paixão tresloucada, suave sabor de tâmaras
Faisão com amêndoas, terna melodia em minha vivenda
A tênue penumbra quebrada ao balançar de castiçais
A chama que treme à brisa
Tilintar de pratos e talheres
Brinde ao nosso amor
Requintes tantos de nosso despudor
Abraçados à janela, exaltando o luar
Oras, finalmente, de repente por horas, após meio século de vida
Pois sei que conquistei meu reino à luz de velas


Pra ti, Isabella, meu doce anjo

A mais linda poesia composta e cantada por uma das mais virtuosas bandas de Heavy Metal.

Nossa sorte, amor, é existirmos um para o outro; curtirmos o que é belo e mágico; nos amarmos tão loucamente à ponto de incomodarmos e muito aos corações vazios

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MELANCOLIA


Ela estava triste
Estava à beira de um precipício
Na iminência de cair a qualquer momento
Não sabia o que fazer, também não queria
Apenas sonhava sair dali
Ela não era mais a mesma
Para ela, tudo havia mudado
Um dia fôra feliz
Mas o medo ainda a invadia
Sentia-se insegura
Olhava-se indiferente, fracassada, impotente
Pobre menina, não conseguia enxergar o que realmente via
Perdeu o nexo, enlouquecia
E assim foi-se o seu último fio de esperança
Sentia como sua vida era frágil
Frágil como a vida de uma flor
Uma flor que jaz à eswcuridão
Sentia seu brilho ofuscar, ficando cada vez mais fraco
A cada dia ficava mais pálida
Seus olhos mais fundos
Sua alma mais negra
As lágrimas iam tomando conta dela
Fez um dilúvio de tristeza
As palavras apenas a entristeciam
Apena rompiam o silêncio
O doce silêncio da loucura
Sabia que aquilo não era o que queria, mas seguia
Sentia-se afundar cada vez mais
Apenas sentia o corpo
Sua alma vagava perdida num limbo esquecido
Naufragava, enlouquecia
Amarga melancolia
Doce solidão
Não sentia mais o amor
Apenas inveja daqueles que amavam
Na verdade tentou
Mas se machucou
E nunca mais amou
Seu coração lento pulsava
Sangrava
Ardia
Cada vez mais o ódia a invadia
O vento passava e ela estremecia
O frio da noite a tomava
Chegou um dia que não suportou mais a dor
Não hesitou em olhar pra trás
Se jogou
Se matou
Seu corpo despedaçou-se e está junto ao mar
Sua alma voou ao céu donde para todo o sempre descansará

Por Minerva Locked

Este poema gótico foi composto pela mulher que me mantém vivo, que acende a minha chama, que me faz sorrir. Ela é tão especial pra mim que além de conquistar meu coração, ganhou um espaço só dela em meu blog

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LÁGRIMAS


O que faço pra não magoar meu doce anjo?
A flor mais bela que surgiu em meu jardim
Vivo em angústia por estar distante
E esse sentimento que me assalta faz ferir meu coração
Não temos muitos ternos momentos
Quiçá momentos eternos
Vivemos de ilusão, de sonhos rotos, mendigos
E vos digo que a pena não vale
Que pena, mas o que quereis que eu fale?
Que a amo e não posso viver sem ela?
Que minha pobre vida é espiá-la pela janela?
E não poder tocá-la, nem seus beijos provar
Nem mesmo eu seu corpo moreno roçar
Ou sentir em meus ouvidos seus poemas ronronar
Não poder ouvir sua voz ou seu  gostoso cheiro sentir
Nada resta a arguir, então, o que faço?
Me desfaço, definho de tanta saudade e choro
Imploro aos céus uma chance de ser feliz
Ao lado dela, só isso me importa
E essa adaga que minha garganta corta
E me impede de gritar ao mundo esse meu louco amor
Desejo tê-la a cada entardecer
E a dor da distância me destroça a cada amanhecer
Meu peito aperta, encolhe de tristeza
Dureza que vitra este já cansado coração
Que não vibra, mal bate, quase morto pra qualquer emoção
Que não mais emana calor e nem liga pra dor
Apenas transita meu sangue por meu corpo moribundo
E ordena que minha mente faça apenas o que resta
Amor que se preza, que presta
Serve apenas pra florescer os grotões
Com lágrimas fúnebres, amargas, incessantes
Por ela
Lágrimas por ela que está tão distante
Lágrimas incessantes que até me afogam
E rogam boa sorte por apenas um instante
Pra tocá-la, beijá-la, amá-la como deveria ser
Mesmo que seja em meu leito de morte
Pois sua luz não me largará às escuras
E nem por mil vidas futuras há de evanescer

VANUSA


Os mais lindos brilhos estão floreados em ti
Teus olhos amêndoa, são prenda, fulguram paixão
Que em fúria de amor, me acalma e imantam minh’alma
E em raios rebeldes, fachos de verve, sequestram meu ser
Ah! Como é bom te ver, te ter, em ti amanhecer
Teus dentes rutilos refletem a luz da vida
Que em flashs eternecida dominam o universo de Deus
E eu? Confuso, obtuso, quase que bronco
Imerso em meus eus, pintado de branco
Tal é imensa tua luz que a tudo alveja
E o meu coração libertino te almeja, procura teus lábios cereja
Que em noite sem lua não sentem as trevas
Deitado na relva, olhando as estrelas
E lá, tu estás
Teus prismas se abrem e alumiam-me a fútil razão
E a tão grande emoção as pernas me dobram
E as termas que saem de ti me suam o corpo excitado
Então de joelhos, inteiro molhado, me posto a tua mercê
Oh! Deusa, divina entidade, senhora do meu querer
Escravo no tão perto alvorecer
Feliz com teus largos sorrisos cintilos
Pupilos da aura sutil, a dama da luz que explodiu
E deu vida a este universo sem fim

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A COR DOS OLHOS DELA


Imagem plena do abstrato,
desaparecendo em pessoa,
algo mais etéreo que éter,
essência de um doce mel,
fita do arco iris desfazendo,
crepúsculo azul desbotando.

No acaso fadada a desfazer,
a rima da poesia apagando,
dissipando perfume e verso,
ação por contato dissolvida,
a brisa que por teus olhos
passa com vontade de ficar.


Por Melina Coury - Mel

http://souriresetlarmes.blog.fr/

Que mulher fantástica, que magia em poesia. to besta!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

AI, QUE BURRO! DÁ ZERO PRA ELE!


A DOR DA CEDILHA
O limitado alfabeto latino fez com que se buscassem sinais góticos para que se expandissem as incontáveis variações palatizadas na fonética dos mais diversos dialetos e idiomas originados do latim.
Dentre alguns desses sinais góticos aparece a cedilha que significa pequeno “Z” em castellano ou castelhano, como quiserem.
E pra que serve a cedilha? Na língua portuguesa usa-se a cedilha para regular a pronúncia ambígua da letra “C” latina e, foi adotada em consenso e perspicácia para preservar os laços da língua com o seu passado e manter  o seu formato gráfico de maneira coerente com a origem.
De forma mais clara, devo dizer que usa-se a cedilha quando o “C” é precedido das vocais tônicas “A”, “O” e “U”, dando assim à sílaba o som da letra “S”. Em contra partida, a não utilização da cedilha quando estas vogais forem precedidas da letra “C”, deverá produzir o som a ser pronunciado como que o da letra “K”, que até poucos dias não constava de nosso alfabeto.
Se não levarmos em conta a presença da cedilha estaremos incorrendo no erro de assassinarmos a etimologia da palavra, portanto, é apenas, tão somente e simplesmente por isso que se usa a cedilha e somente nessas condições.
E por que todo esse discurso?
Porque num país como o nosso, marginalizado (entendam “às margens” e não “feito bandido") pela falta de cultura, onde estudantes vão à escola para ver as “minas” e os “caras”; vão à escola pra brigar, agredir professores e colegas; vão para traficar drogas e ficar “bundando” , torna-se ridícula a nova invenção que circula pela rede, principalmente.  É entre todas a mais grotesca das imbecilidades que vejo escrito por aí, principalmente no “internetês” e no “orkutês”.
Gente! Você com cedilha (voçe) e sem o acento circunflexo, que é usado para caracterizar a palavra oxítona terminada em “E”, faz chacoalhar no túmulo o mais tolerante de todos os poetas e escritores de nossa língua que já partiram desta pra melhor.
Portanto, vos digo, molecada do kraleeo (outro vício imbecíl do ‘”orkutês”): Saiam um pouco da frente do PC e vão ler um bom livro ou acessem sites e blogs interessantes, de informação da mais variada e vejam se aprendem a porra do nosso idioma.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A CANÇÃO EM TEUS LÁBIOS



A música é o que me faz mover
A beleza feminina me faz pulsar
E a paixão me mantém vivo
Esta música maravilhosa
A mulher esplêndida que tu és
E a minha paixão que transcrevo em poesia
Traduzem o meu sentimento por ti
Fazer o quê?
E não adianta outra mulher espernear
Gritar
Chorar
Surtar
Ou mesmo querer morrer
Porque esse meu coração já tem dona
Circunstância da tua magia
Agora que ouvi tua voz
Como vou fazer pra viver sem ti?
Sabes quantas vezes meus pensamentos voam até aí?
Tens idéia de quantas vezes fecho os olhos pra sentir que estás aqui?
E o meu peito aperta
E aporta a felicidade em meu coração
Não sei se suporto
Só sei que sufoco
A razão se faz nubla
A emoção tempestade
Toda vez que me lembro da canção em teus lábios
Cada vez que o teu perfume me entorpece
Qualquer beijo me alucina

Tua luz me aprisiona
Todos os teus encantos me encantam
Enfeitiçam-me o juízo
E me levam a um mundo de sonhos
Donde não quero sair jamais
Só te faço um único pedido
Que estejas lá comigo
Por toda a minha vida

A modelo que forneceu a foto que ilustra esse poema é uma das mulheres mais inteligentes e agradáveis que conheci em toda minha vida, sem falar de sua beleza física. Uma amiga tão fantástica, tão mágica que dela não preciso nem ouvir a voz, meu fascínio por ela transcende meus sentidos.

NÃO SE OFENDA! OU MELHOR:


As tolices que eu escrevo vêm das coisas nas quais acredito, são fundamentadas em fatos comprovados cientificamente, mesmo as teorias.

Têm evidências, comprovações históricas, argumento científico e análise lógica, mas não escrevo especificamente pra alguém, salvo quando são homenagens, escrevo o que sinto, só isso.

Não tenho intensão de atingir individualmente quem quer que seja, mas carapuça é tamanho único.

Todos os acontecimentos, sejam catastróficos ou não, que estão acontecendo hoje, sempre ocorreram. A única diferença é a velocidade com que se processa e se transporta a informação.

Não tenho nem como aventar a possibilidade da existência de algo criador, onisciente, onipotente e onipresente, pois, cairia numa hipérbole (matemática) paradoxal: Quem criou o criador e quem criou o criador do criador e quem criou o criador do criador do criador? E assim infinitamente.

O que sei com toda a certeza da minha mente é que eu sou o meu todo poderoso; eu amo até as pessoas que me prejudicaram de alguma forma (não todas porque não sou hipócrita a tal ponto); eu trabalho em prol da humanidade e não contra; eu sou livre; eu sou sim o centro do universo, pelo menos do meu isso sou.

Minha vida é baseada no amor que tenho por meus filhos, no amor que tenho por meus amigos, no amor que tenho pela natureza, no amor que tenho pelas crianças (as boazinhas só) e no amor e paixão incansáveis que sinto pelas mulheres (as bonitas, gostosas, inteligentes e algumas burrinhas também).

Apenas isso

TRISTEZA


Alguém disse que as coisas que escrevo são tristes
Sei que o mesmo pensam outras poucas
Ou todas?
Nem tenho como dizer, mas tristeza pra mim é muito mais
É natureza arraigada no fundo da alma
Fruto de traumas que ao longe brotaram
É monstro que cresce como o milagre do pão
Cousa sem razão, puro sentimento
Sorrir até que tento
Lamento, mas sou assim
É doença, crença, pestilência
O todo de minha essência
Angústia, melancolia, depressão são minhas companheiras
Que iluminam faceiras, a escuridão de meu brilho
Sofro por distante estar meu filho
E morro no exílio sem poder tocar o meu neném
Fui extirpado do amor de minha prole
Madre morta-viva, cativa do egoísmo
Enterrada em seus dogmas e sua alienação
Sepultada em sua hipocondria e maledicência
Fúnebre hipocrisia de alguém sem origem
Então busquei um novo amor
E por ela a paixão é tal que me corrói
Meu coração dói, grita por ajuda
A chaga é profunda e vaza-me o peito
O mundo nos julga por nossas diferenças
E essas não são desavenças
São percalços da vida de dois apaixonados
Duas almas que se amam tanto, mas tanto que loucos
E aos poucos definham na amarga solidão
Nossas lágrimas formam um salino grotão
Milhas nos separam e o tempo carrasco também
O amor tão pregado nesse mundo herege
Não é permitido, é posto em juízo, execrado por todos
Por isso eu sofro, choro, morro
E fico aqui no meu canto
Triste, só, em prantos perdido
Lentamente me engole a má sorte
Ungido por uma paixão imprópria
E covarde
Com medo de que aqui a felicidade aporte
E sem fibra pra enfrentar a própria morte

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CÍRCULO CAÓTICO


A incerteza é certa

A certeza, utópica

A utopia é vaga

As vagas me levam à terra firme

A firmeza me leva à dúvida

Quando tenho que encará-la como verdade

TATOO


Pensas que me importo com os teus sentimentos?
Se hoje estás feliz, e daí? Pouco me importa
Se a tristeza te invade a alma, fraqueza tua
Porque não há motivos pra tal
Tem gente em estado pior, em desgraça total
Tu reclamas do desamor
De um coração em dor, falta-te o carinho
E eu que estou aqui sozinho?
Pensando em ti, sonhando contigo
Tua boca é linda, tuas coxas roliças
Um corpo perfeito
Saúde em teus fartos peitos
E que saúde
Enquanto eu fico aqui, feito cortiça
Com cara de casca podre
Velho, grisalho e só
Querendo-te sem poder
Querendo que um dia possa voltar a viver
E viver é ter-te aqui comigo
Pertinho de mim
Deitada em meu colo
Com teu hálito doce em minha cara
Me enchendo de beijos
Entregue à nossa paixão
Ah, como dói meu coração
E, mesmo assim, não me queixo
Por ser aquilo que mereço
Fui contemplado com teu sorriso triste e sem graça
E guardei-o em minhas lembranças
Com todo amor que jamais pude imaginar
Enquanto isso a minha vida passa
Meus sonhos se vão e já não me importo
Engana-se quem acha que a vida é ingrata
Ou que dela nada se leva
Quando eu partir levarei meu amor comigo
E tua imagem tatuada em min’alma
Isso ninguém poderá me tirar