Exilado da cidade Distante de todo aquele neon Perdido num mar de estrelas Aqui, nesta plácida cabana Há noites que não durmo Tu, nua ao meu lado, num sono de anjo Ela, tal deusa noturna Cândida, a livrar demônios da escuridão Seus raios invadindo nosso leito E sua luz, ingrata Reflete e se torna mil Repleta ao tocar o teu sorriso Vítima de teus sonhos devassos Essa vil candeia incendeia a madrugada A luz da lua em teu sorriso me cega E não me deixa dormir